
Eustaquio Ferreira
Às 10,10 horas desta segunda, 02/04, muitos sentiram, por segundos, os prédios tremerem, objetos se moverem, zonzeira na cabeça. O pânico com essa incômoda sensação levou as pessoas a abandonarem os prédios com medo de desabamento. Não há registro de danos aos edifÃcios ou aos equipamentos. Só o susto.
Dia 23 de março, por volta das 19,30h, JanaÃna, minha filha, sentiu um certo tremor no edifÃcio onde mora. Ficou preocupada e me consultou se aquilo era normal. Disse a ela que não, o edifÃcio onde mora é sólido. Procurei algum registro de tremor sem sucesso.
O tremor sentido em BrasÃlia e outros lugares do Centro-Sul do Brasil teve seu epicentro na BolÃvia, próximo a Carandayti, a uma profundidade de 548 Km. Com uma magnitude de 6,7 na Escala Richter. Carandayti fica a 2.390,4 Km de BrasÃlia.
Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, pesquisadores do Califórnia Institute of Tecnology estudavam tremores na Califórnia, onde eles ocorrem com certa frequência, e criaram uma escala em fatores de 10 que mede sua intensidade. Nesta escala tremores de intensidade 4 não causam danos, 6,7 como esta causa danos até 180 Km do centro.
BrasÃlia está no cento da placa Tectônica Sul-Americana. Os tremores ocorrem por choques das placas provocadas por flutuações do magma, a camada abaixo. As ondas decorrentes dos choques são transmitidas pela crosta. As ondas vão se arrefecendo ao se afastarem da zona de choque. Estamos longe das bordas, não há o que temer.