17/06/2021, 16:53
4º Simpósio Internacional de Segurança abre espaço para startups
Com o objetivo de descobrir novos projetos de tecnologia na área de segurança, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), lançou o II Desafio SINTSP – InTeSeg (Inovação, Tecnologia e Segurança), a partir de um chamamento público destinado a startups do Brasil inteiro. A competição, que aconteceu pela primeira vez no ano passado, visa apoiar iniciativas de desenvolvimento tecnológico e inovação para a modernização e melhoria da efetividade na segurança pública do país. Entre os critérios de grande relevância estão as tecnologias voltadas para a identificação, mapeamento, seleção e apresentação de empreendimentos do país.
A ação integra o cronograma do 4º Simpósio Internacional de Segurança, que será realizado no Distrito Federal dos dias 30 de agosto a 2 de setembro. O objetivo é ser um espaço totalmente focado em apresentar e demonstrar as mais modernas soluções tecnológicas de segurança existentes e já desenvolvidas. O evento é organizado pela ADPF e tem o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). Para o Delegado Federal Luciano Leiro, Vice-Presidente da ADPF, Diretor Regional da ADPF-DF e coordenador do simpósio, o II Desafio SINTSP- InTeSeg é uma forma de incentivar e descobrir novas soluções tecnológicas para segurança pública.
“Precisamos ainda debater muito sobre esse tema. Há uma escassez notória de recursos humanos, logo, a tecnologia tem suma importância no combate à criminalidade. Portanto, mais uma vez teremos a oportunidade de conhecer novos projetos, novas ideias e até aplicá-las em nosso sistema futuramente. Então, se você tem uma empresa ou startup e está com um projeto nessa área, se inscreva, mande sua proposta paranós. O espaço está 100% aberto”, explica.
Sobre o desafio
Podem participar do desafio startups de todo o país e, quem ainda não se enquadra no conceito pode apresentar uma ideia que será avaliada pela comissão, a fim de verificar sua viabilidade para a competição, conforme requisitos do edital. As iniciativas inscritas devem se enquadrar nos seguintes temas da área tecnológica: Segurança Pública, Fronteiras, Crimes Cibernéticos, Sensoriamento Remoto e Smart Cities. Há possibilidades de criação de projetos voltados para sistemas inteligentes que auxiliem no combate à criminalidade, programas de software e automação para monitoramento de cidades inteligentes, entre muitos outros.
As inscrições para o II Desafio SINTSP – InTeSeg devem ser feitas até o dia 30 de junho, com envio da proposta no e-mail desafio@sintsp.com.br. Os projetos serão julgados em alguns quesitos como originalidade, aplicabilidade, relevância, entre outros, por uma banca definida pela organização do evento, composta por representantes de empresas e entidades da área de segurança pública, entre 01 e 15 de julho. O resultado sairá no site do simpósio no dia 20 de julho e os vencedores participarão de um painel dentro da programação do simpósio apresentando suas ideias.
Para este ano, uma novidade importante: haverá uma premiação em dinheiro para os três primeiros colocados, R$ 25 mil, R$ 15 mil e R$ 5 mil, respectivamente. O edital completo com todas as informações pode ser conferido no www.simposioseguranca.com.br.
Outra informação a se destacar é que os participantes da edição de 2020 podem voltar à disputa esse ano, desde que seja apresentado um novo projeto. É o caso do empresário Otávio Soares, vencedor do I Desafio InTeSeg, liderando a startup GoLeadger. O produto vencedor desenvolvido foi o GoBio, uma plataforma de integração de bases de dados biográficas e biométricas de diversas organizações, que cria um documento de identificação nato-digital, ou seja, um “ID digital”, capaz de armazenar informações históricas e de indicar o registro ideal de um cidadão.
“A participação no Desafio foi muito importante primeiramente para validar a solução. Nada melhor do que ter uma equipe de especialistas em Segurança Pública avaliando e aprovando nosso produto. Adicionalmente a isso, temos toda a exposição da empresa no segmento e o relacionamento que foi feito”, conta o empresário que é graduado em Processamento de Dados e pós-graduado em Desenvolvimento de Sistemas.
Para a competição deste ano, o especialista irá apresentar um projeto focado no combate de crimes cibernéticos transnacionais. “Para nós, é sempre um motivador adicional. Depois que você ganha o primeiro, fica a expectativa do que vai apresentar na sequência. Não podemos decepcionar”, finaliza.