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02/06/2019, 22:22

A beleza sombria de Tim Burton

Em homenagem aos 10 anos do livro A arte de Tim Burton, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Distrito Federal mantém as portas abertas para a exposição A beleza sombria dos monstros. A atração, que fica em cartaz até 11 de agosto, explora, com originalidade, as criações do cineasta norte-americano, conhecido por dirigir filmes como Os Fantasmas se divertem e A noiva cadáver.

Seguindo os capítulos do livro, a exposição lança mão da tecnologia para proporcionar ao público um ambiente de imersão, a partir de estações multimídia. Em uma das primeiras salas, manipulam-se estruturas que antecederam às do cinema como se conhece hoje, para dar vida aos personagens do artista californiano. Uma delas é o folioscópio (flip book), criação do francês Pierre-Hubert Desvignes, que dá a ilusão de movimento e animação, como os quadros de um filme. Além dos recursos visuais, o público também é convidado a reproduzir as peças de Burton e a criar as próprias em ao menos duas salas da exposição. No ambiente que remete ao capítulo 7 do livro, intitulado “Muito tempo livre”, conta-se que Burton sempre teve o costume de desenhar em guardanapos, envelopes e pedaços de papel, quando sentia enfado. Em 1979, ele entrou para a equipe dos estúdios Disney, como aprendiz de animador, mas a companhia descartou todas as criaturas que concebeu. Ainda assim, ele continuou criando, sempre mantendo seu gosto por palhaços, ventríloquos, fantasmas e monstros.

Para a arquiteta Milena Canabrava, o interesse pelas criaturas de Tim Burton, que geralmente têm um quê sinistro.