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03/07/2019, 17:25

Festival Música não é barulho

O Distrito Federal sempre foi um polo exportador de música. Brasília é uma cidade com uma produção cultural riquíssima, reconhecida pela diversidade e qualidade, inclusive na música instrumental. A partir de julho, em duas etapas, com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura, o DF será palco do Festival Música não é barulho | Música transforma com apresentações ao vivo de músicos de Brasília e de várias partes do Brasil, debates e ações gratuitas com caráter social e cultural para profissionais do setor e, claro, os apaixonados por música.

Grandes nomes da música instrumental desembarcarão na cidade para uma grande celebração. De Pernambuco, Amaro Freitas, pianista que renovou o jazz brasileiro; Thiago França do grupo Metá Metá e Mariá Portugal, da Quartabê; elogiado por público e crítica, o brasiliense Esdras Nogueira, que lançará o disco Transe onde faz uma releitura do disco homônimo de Caetano Veloso.

A trupe de artistas da capital que completam desta celebração instrumental é formada por Dillo, Passo Largo, Junior Ferreira, Pablo Fagundes, Bruno Gafanhoto Trio, Choro da Resistência, Muntchako, Aiure, Larissa Umaytá, Rodrigo Bezerra e o projeto Re.Me.Xe. de música instrumental para dançar seguido de Jam Session. A iniciativa musical contará ainda com Duo Bravi da Bahia, Aeromoças e Tenistas Russas de São Paulo, Henrique Band e Daniela Spielmann do Rio de Janeiro.

Batizado de Coma Lá em Casa, o projeto gastronômico, capitaneada pelo idealizador do Festival, Esdras Nogueira, e Mariana Cardoso, também terá espaço cativo no Festival, organizando um festival gastronômico nos locais por onde passarão os shows que farão um prato especial ou uma bebida pensados para complementar a música.

A primeira etapa Festival Música não é barulho | Música transforma acontecerá durante uma semana no DF, entre os dias 21 e 27 de julho, com 13 apresentações e quatro rodas de debates sobre o mercado da música espalhados por diversas casas com música ao vivo. Já a segunda etapa, será composta por atividades musicais pensadas para cada lugar. Hospitais, escolas públicas e lugares que trabalhem com musicalização infantil, como creches e orfanatos, serão palcos das apresentações no segundo semestre.

O projeto visa incentivar e assegurar a formação e o amadurecimento dos envolvidos na rede produtiva da música local e o fomento de público, bem como chamar atenção para a necessidade de coexistência pacífica e harmoniosa entre a vida cultural noturna de uma cidade e a qualidade de vida de seus moradores. Outro ponto importante a ser destacado é o intercâmbio musical e cultural entre os profissionais da música do DF com os convidados nacionais que participarão das rodas de debates e dos shows.

“O Música Transforma, visa a formação, a inserção social e a melhoria de vida por meio da música. Aqui não existe preocupação com o grande público das casas de música ao vivo. Se na primeira etapa o festival se conecta com os músicos, casas e público, nessa segunda parte do festival o objetivo principal e? a transformação e a formação através da música, chegando a um grande público vasto que não tem acesso pleno a? cultura feita hoje no DF, apresentando um pouco da música instrumental produzida aqui às escolas públicas e locais que trabalham com musicalização infantil de forma geral”, explica Esdras Nogueira, proponente do festival, curador e músico que participa há três anos do Jazzahead, na Alemanha, uma das principais feiras de negócio do segmento de jazz no mundo.