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25/10/2019, 07:36

Medidas econômicas para os pais

Em tempos de consumo consciente, a organização financeira familiar tem que se fazer presente. Quando a família tem filhos então, o cuidado deve ser dobrado. Ter filho é sinônimo de alegria, mas se os pais perderem as rédeas, o prejuízo pode ser imenso lá na frente e essa é uma das maiores preocupações: conseguir diminuir as despesas com as crianças em tempos onde as opções de brinquedos, parques e roupas são cada vez maiores.

Para o economista Ciro Almeida, da G2W Investimentos, a alternativa pode estar em entender o uso de ferramentas compartilhadas, usando-as em benefício próprio justamente na hora de economizar com os filhos. Para impactar o orçamento familiar final de forma ainda mais direta, recursos como grupos de compras coletivas e sites de Market place para alugar brinquedos, agem diretamente na raiz do que poderia ser um problema ao guardar dinheiro: “Seguindo essa linha de raciocínio, participar de grupos de bazar e brechós de roupas de crianças – já que é uma coisa que se perde muito cedo – fazem com que essa economia compartilhada gire e tenha um fluxo entre as pessoas que não precisam mais daqueles bens e outras que podem usufruir disso por um bom tempo”, aponta.

Amenizando essa situação se fazendo valer o uso das novas ferramentas, é importante também saber qual é a expectativa de receita de renda da família e identificar suas despesas, tanto as fixas quanto as variáveis. A primeira significa as necessidades primárias e a segunda as necessidades secundárias. Almeida argumenta que “as despesas fixas são aquilo que a família precisa para funcionar, que não tem como abrir mão. Seria o aluguel, a escola das crianças, contas de casa, transporte, gastos médicos, supermercado, entre outras. Já as variáveis, são necessidades secundárias. É o que chamamos de qualidade de vida. Seria o lazer, restaurantes, viagens, troca de carro. É preciso ter o panorama do fluxo orçamentário para que de nenhuma maneira venha a prejudicar as necessidades primárias”, explica.

Ao decidir ter um filho, a família precisa entender que certos tipos de gastos, como médico, farmácia, creche, escola, presentes (de aniversário, natal, dia das crianças) não vão mais desaparecer do fluxo orçamentário, muito pelo contrário, eles tendem a aumentar. Os filhos vão para outras escolas, fazem atividades fora do colégio, saem para festas quando viram adolescentes e assim por diante.

Almeida enfatiza que é preciso fazer uma estimativa o mais cedo possível para não ter nenhuma surpresa lá na frente e que só assim o orçamento final será de fato diminuído: “despesas com filhos tem que ser contabilizadas antes do filho nascer, entendendo que existe um ponto de partida desde o início e que elas não vão acabar, e sim aumentar. Em muitos casos inclusive, acima da inflação. Se a pessoa não se planejar no curto, médio e longo prazo, o gasto tende a ser maior”, finaliza.