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03/02/2020, 18:17

Inteligência artificial contribui para o tratamento de depressão no DF

A depressão caminha para ser a doença mais grave do planeta. Segundo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) os casos do transtorno cresceu 18%, em 10 anos e pode vir a ser a doença mais debilitante, em 2020. No DF, o cenário não é animador. Até o último trimestre de 2019, foram realizados 70.841 atendimentos ambulatoriais psicossociais pela Secretaria de Saúde do DF.

Diante de um cenário tão preocupante, uma nova forma de tratamento chega no DF para auxiliar no alívio dos sintomas dessa patologia. Trata-se de uma ferramenta digital, que interage com cada paciente de forma individualizada. “Através de algoritmos, é possível desenvolver estratégias responsivas às reações e necessidades dos pacientes”. É o que explica o psiquiatra clínico e membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Dr. Thiago Xavier Corrêa.

Dr. Thiago esclarece que o tratamento não vem para abandonar os tratamentos convencionais da depressão. “Importante destacar que, a inteligência artificial não vem para substituir o acompanhamento com psicólogo nem o tratamento psiquiátrico, mas surge com o objetivo de oferecer ferramentas terapêuticas complementares”, elucida.

Segundo ele, o tratamento é feito utilizando mais de 10 abordagens psicológicas diferentes como a psicoeducação, técnicas de resolução de problemas, desenvolvimento de habilidades interpessoais, psicologia positiva, estímulos a atividades físicas e meditação.

Como benefícios, o uso da inteligência artificial auxilia o paciente em perceber suas alterações de humor ao longo do tratamento, facilita o acompanhamento dos pacientes e otimiza o tempo de consulta na medida em que o paciente se expressa melhor e participa mais do atendimento terapêutico.

Apesar de uma técnica recém chegada na capital, as perspectivas são animadoras. Os primeiros estudos científicos com ferramentas de E-saúde estão sendo projetados para a população brasileira, com grupos de pesquisadores aqui no DF, projetando um cenário mais positivo com o uso da ferramenta.