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17/03/2020, 20:15

Como trabalham os agentes que combatem a dengue no DF

Duzentos e sessenta e um novos agentes comunitários de saúde (ACSs) e da Vigilância Ambiental (Avas) iniciaram nesta semana o treinamento para combater o mosquito da dengue nas ruas do Distrito Federal. Em resumo, o trabalho desses profissionais consiste em orientar moradores e fiscalizar propriedades em relação ao inseto transmissor da dengue, o Aedes aegypti.

Na ficha dos agentes – chamada de Boletim do Campo – há informações sobre endereço, um espaço para preencher pendências, se houve recusa na recepção do agente ou se o local estava fechado. Há também a especificação de endereço, ou seja, se é residência, comércio, terreno baldio ou outros tipos (igrejas, escolas etc). Tudo para reunir o maior número de informações e abastecer a Secretaria de Saúde com os dados das cidades e para que o governo local possa orientar e conduzir as ações de acordo com a necessidade de cada região administrativa.

Dentro da ficha há informações sobre os depósitos encontrados em cada endereço. O agente anota o que viu e a quantidade. No Grupo A estão os itens de armazenamento de água para consumo humano, como caixa d’água ligada à rede e depósitos ao nível do solo, para consumo doméstico, como barril, tina, tonel, tambor, tanque e outros.

O Grupo B tem os depósitos móveis, que incluem de vasos e frascos com água (vasos de plantas), aparatos, pingadeiras, bebedouros em geral, objetos religiosos, materiais e depósitos de construção.

Já o Grupo C é relativo a depósitos fixos. Nesse campo são marcados os tanques e depósitos em obras, borracharias 24  horas, calhas e lajes em desnível, sanitários em desuso e piscinas não tratadas, por exemplo. O Grupo D são aqueles passíveis de remoção e proteção, como pneus e lixos, sucatas em pátios, ferros-velhos e entulhos. Por fim, o Grupo E identifica depósitos naturais, como axilas de folhas, que são reentrâncias de árvores e plantas que retêm material natural.

Os agentes ainda anotam o número de amostras coletadas, se o depósito foi tratado e eliminado, e até se há cães e gatos nos endereços, além de vestígios de roedores. E mais: não deixam passar os focos de dengue, uma vez que eliminam as larvas e mosquitos quando encontrados.