Imagens de câmera de segurança comprovam maus-tratos ao cachorro que morreu após ser resgatado de uma loja do Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, segundo a delegada Silvia Fagundes.

A declaração foi dada a Luisa Mell, que esteve na Delegacia do Meio Ambiente na última terça-feira (4). “A agressão, com essas imagens que conseguimos agora, ficou comprovada. Não tem mais dúvidas que esse segurança realmente agrediu o cachorro”, disse a delegada, em transmissão pelo ‘stories’, no Instagram da protetora e ativista.

De acordo com o vereador Ralfi Silva (Podemos), que acompanhava Luisa, o objeto usado contra o animal foi apreendido -uma barra de alumínio.

A morte ocorreu no último dia 28, e o inquérito sobre o caso foi instaurado na segunda (2). Acionado para resgatar o cãozinho, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) diz que havia a informação de atropelamento, e não vítima de maus-tratos. Denúncias sobre a agressão surgiram depois, pelas redes sociais.

Em nota divulgada nesta terça, a Prefeitura de Osasco afirma que o Departamento de Fauna e Bem Estar Animal foi acionada para resgatar o bichinho, que estava ferido e sangrando. Ele foi encaminhado para atendimento emergencial, mas não resistiu. Segundo a administração municipal, o cachorro tinha pressão baixa, vomitava com sangue e tinha escoriações múltiplas.

Testemunhas ouvidas no fim de semana no hipermercado confirmaram agressões, afirma o delegado Bruno Lima, deputado eleito pelo PSL. Para ter validade, no entanto, esses depoimentos precisam ser prestados formalmente, à Polícia Civil. Funcionários e testemunhas devem ser chamados durante o inquérito.

O Carrefour informou que o segurança terceirizado que trabalhava naquele dia foi afastado preventivamente. Nesta terça, também em nota, a empresa reconhece que “um grave problema” ocorreu na loja e afirma que não vai se eximir de responsabilidade.

“Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações”. Com informações da Folhapress.

 

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