04/06/2020, 14:08
China ampliará número de voos internacionais a partir da próxima segunda
A China ampliará o número de voos internacionais de países como Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos a partir da próxima segunda-feira, de acordo com informações divulgadas nesta quinta pela Administração de Aviação Civil Chinesa (CAAC, na sigla em inglês).
A autoridade de aviação civil do país disse que, para “impulsionar as viagens internacionais essenciais para a recuperação econômica”, as companhias aéreas estrangeiras que não fazem parte de uma lista estabelecida anteriormente poderão voar para a China todas as semanas.
Esses voos chegarão a 32 cidades como Pequim, Guangzhou (sudeste), Harbin (nordeste), Nanjing (leste), Xangai (leste), Shenzhen (sul), Xian (centro) e Wuhan (centro-leste), entre outras.
A CAAC acrescentou que implementará um mecanismo de “recompensas e punições” para as companhias aéreas, com o objetivo de que as empresas que transportam passageiros não infectados com a Covid-19 por três semanas possam operar mais voos para a China a cada semana.
Porém, se um voo transportar mais de cinco passageiros com resultado positivo para o novo coronavírus, a companhia aérea terá que interromper o serviço por uma semana e, se transportar mais de 10, a suspensão será de quatro semanas.
No final de março, a CAAC estabeleceu uma política de que apenas cada companhia aérea tem permissão para operar uma única rota por semana a partir de cada país, limitando o número de voos semanais a um máximo de 134.
Mais tarde, o vice-diretor da CAAC, Li Jian, anunciou que a China relaxaria as restrições aos voos internacionais “muito gradualmente”, observando que a partir de 1º de junho seriam autorizados até 407 voos semanais, embora previsse que esse número não seria alcançado devido às “condições de mercado” (referindo-se a uma esperada falta de demanda).
Anteriormente, a CAAC havia anunciado que permitiria que algumas companhias aéreas solicitassem “canais verdes” para voos para a China a partir de oito países: Japão, Coreia do Sul, Singapura, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Suíça.
Esses voos terão como objetivo a transferência de funcionários de empresas estrangeiras que operam na China.
Desde março, a China vem testemunhando uma queda considerável na transmissão de novos casos do vírus localmente, depois que medidas drásticas para impedir e limitar movimentos ajudaram a controlar a pandemia em muitas partes do país.
No entanto, desde então, o fluxo de casos “importados” do exterior continuou, a grande maioria deles relacionada ao retorno dos chineses chegavam de outros países severamente afetados pela Covid-19.