08/06/2020, 10:30
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A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal recebeu denúncias de uma possível repressão policial violenta contra protesto na Esplanada dos Ministérios, em defesa da democracia e contra o fascismo. O presidente da Comissão, deputado Fábio Felix (Psol), encaminhou ofício à Política Militar pedindo investigações sobre membros da corporação que estariam instigando violência contra a manifestação de rua.
A Comissão informou que a Central de Direitos Humanos da Câmara Legislativa funcionará no domingo para acolher denúncias sobre violência policial e outras violações durante os protestos. Relatos, vídeos e fotos podem ser enviados para o WhatsApp da Comissão de Direitos Humanos, no número (61) 99904-1681.
No ofício encaminhado ao comando geral da corporação, o presidente da Comissão alerta que “há um risco de que a tropa chegue ao local com ânimos acirrados e que, mesmo que o protesto seja pacífico, seja empregada violência excessiva”. De acordo com as denúncias, membros da corporação estariam “insuflando os policiais contra os manifestantes”. As denúncias também foram apresentadas ao Ministério Público.
“De acordo com o que nos foi revelado, o planejamento para o ato de domingo é diferente do padrão adotado nas manifestações a favor do governo Bolsonaro. Estaria sendo montado um grande esquema de segurança com centenas de policiais militares, que não necessariamente estarão lá para garantir a ordem e a proteção dos presentes. São graves as denúncias e exigimos que o governo adote as providências necessárias para garantir a segurança e a integridade dos manifestantes”, destaca Fábio Felix.
Segundo a assessoria do parlamentar, até o momento a Polícia Militar não se manifestou oficialmente sobre o ofício. Em nota oficial encaminhada à imprensa, a PM informou que ainda não tomou conhecimento do ofício, mas que, ao recebê-lo, adotará as medidas julgadas oportunas. Na nota, a PM também afirma que é uma polícia de Estado, e que trabalha com informações que subsidiam cada planejamento, “sem levar, em qualquer grau de importância, o viés político, tão pouco a bandeira levantada por integrantes dos movimentos populares”.