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13/08/2020, 20:28

Arte e Cultura em prol da equidade de gênero

Não é possível falar de diversidade sem agir de forma realmente inclusiva. É por compreender que esses temas são caros e de extrema relevância que o DF ganha uma nova associação neste mês de agosto. A APTA – Associação de Produtoras Trabalhadoras da Arte e Cultura se lança oficialmente ao público no dia 19 de agosto, às 19h, em Web Solenidade realizada via Zoom. A  APTA não surge em vão. É sabido que a arte e a cultura são motores capazes de estimular transformações sociais e revoluções. São, além disso, forças de mobilização e meios de manter a saúde mental em tempos difíceis, como durante uma pandemia. Cultura é transformação, para quem faz e para quem consome. Movimenta a economia, muda realidades e alimenta a alma. O que pouco se discute, entretanto, é quem está por trás de cada produto, evento ou experiência que se consome. 

O ecossistema da cultura mobiliza anualmente milhares de pessoas, gerando renda e construindo histórias. Por trás de cada música, espetáculo, show, feira, ambiente de mercado, conferências, desfiles e exposições, há uma série de trabalhadores envolvidos para levar ao público uma experiência transformadora. Desse grupo de pessoas, porém, quem geralmente carrega consigo os holofotes e palmas são figuras masculinas. Por quê? A APTA surge para romper com a hegemonia masculina no cenário da cultura do DF. É evidente a invisibilização e escanteamento das mulheres que trabalham na produção cultural, mesmo quando em altos cargos de coordenação e/ou direção de seus projetos. E é esse o ponto principal que a associação traz ao debate: a equidade de gênero.  Acreditando não ser mais possível, tampouco sustentável, que majoritariamente homens sejam reconhecidos por suas trajetórias e projetos, a APTA se consolida no DF como uma frente de mulheres que busca melhores condições de trabalho, paridade de gênero em equipes de produção e programações dos mais diversos eventos na cidade, além de se estabelecer como força articuladora de mudanças no que tange o acesso a mecanismos de fomento público e junto à iniciativa privada.  Entre outras atividades/propostas que serão ativadas, estão cursos de formação para mulheres na produção cultural, debates, acordos comerciais, conferências, cartilhas de conduta e, futuramente, o selo APTA, que será uma importante ferramenta de garantia de equidade de gênero .