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27/05/2021, 09:29

A variante hollywoodiana

por André Cunha

Provavelmente indeciso entre fazer um filme de assalto ou um filme de zumbis, o diretor Zack Snyder, em cuja filmografia constam blockbusters nada inventivos que reciclam os mesmos e velhos super-heróis de sempre, optou por uma solução heterodoxa: juntar, no mesmo balaio, os dois formatos.

O resultado pode ser conferido em Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (2021), disponível no Netflix, que, como o nome deixa claro, entrega um combo duplo, como um se fosse um McChicken dentro de um Big-Mac, acompanhado de uma porção extragrande de batata-frita e refrigerante, leia-se excesso de explosões e pirotecnia. Haja estômago!

A história, de uma simplicidade pungente, apresenta uma Las Vegas assolada por um surto de mortos-vivos e cercada por um muro gigante. A cidade em breve será destruída pelo lançamento de uma bomba atômica, mas, antes, o fortão Scott Ward (Dave Bautista) vai recrutar um grupo de mercenários e entrar em território hostil com o objetivo de se apossar de alguns milhões de dólares guardados no cofre de um hotel-cassino.

A partir daí, o longa-metragem – e bota longo nisso, com 148 minutos! – se reveza numa trinca de sequências familiares, quais sejam: cenas de assalto (o especialista que abre o cofre, o dinheiro estocado em malas etc); cenas de perseguição zumbi (milhares de cérebros explodindo, ataques em massa, grunhidos monstruosos etc); cenas de pequeno-drama-familiar (relação tensa entre pai e filha, traumas do passado, pedidos de perdão etc).

Da soma das três partes resulta Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, um produto híbrido com alto poder de transmissibilidade.

 

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