01/12/2021, 15:45
Prenda-me se for capaz: saiba tudo sobre a tendência com fios de PDO
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, somente nos últimos três anos, a procura de pessoas por procedimentos não-cirúrgicos aumentou 390% e, nesse cenário, a nova tendência se torna um grande aliado dos profissionais para atender os desejos, as expectativas e as necessidades de seus pacientes.
De olho no que promete bombar neste verão de 2022, especialistas comentam sobre a nova tendência na área de estética e bem-estar: os fios de PDO (polidioxanona). Com a principal função de rejuvenescimento, a técnica consiste em um lifting repaginado menos invasivo, preservando seu efeito de sustentação e melhora da textura e elasticidade da pele, através do estímulo de produção de colágeno.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Lucho Montellano, Membro da SBCP e Pós-graduado em Cirurgia Plástica pelo Instituto Ivo Pitanguy (PUC-RJ), o procedimento ocorre em duas etapas: a primeira é a inserção do próprio fio promovendo uma tração mecânica gerando o efeito de sustentação ao puxar os tecidos e, imediatamente, amenizando a flacidez. A segunda etapa é a substância liberada pelo próprio material que compõe o fio (pdo), que estimula as células indutoras de colágeno, produzindo efeito revitalizante.
Os fios são sintéticos, monofilamentares e biodegradáveis e apresentam ampla variedade: lisos (bioestimuladores de colágeno), torcidos (traumatizantes e eficazes em estimular a neocolagênese) ou espiculados (mais espessos, com maior tração e efeito lifting imediato após a inserção).
Indicações, contra-indicações e cuidados
“A combinação de fios com diversas características amplia os resultados em tratamentos de melhora de rugas e sulcos, definição do contorno da face, tratamento de estrias e celulites, correção de irregularidades da pele pós lipoaspiração, redução de flacidez etc. A degradação do fio depende da reação de cada paciente, mas geralmente acontece entre o sexto e oitavo mês. Já o efeito lifting pode durar até dois anos devido às novas fibras de colágeno”, explica o cirurgião.
A dermatologista Ana Magella, da Clínica Corporeum, alerta que os fios de PDO são contraindicados para quem está com pele infeccionada ou inflamada, pessoas com doenças autoimunes e oncológicas, com tendência a queloides, coagulopatias, distúrbios neuropsiquiátricos, em estado de gravidez e aleitamento. Já em portadores de hepatites ou HIV, e obesos, o tratamento apresenta eficácia menor.
O procedimento pode causar leve inchaço e vermelhidão, que costumam desaparecer em poucos dias. Mas é recomendado realizar compressas geladas na região até as primeiras 48 horas após o procedimento para alívio dos sintomas. “É importante evitar massagear e pressionar, como dormir em cima do rosto, durante os primeiros cinco dias”, reforça a profissional.
“Também é indicado evitar a prática de exercícios físicos mais intensos para não prejudicar os resultados”, orienta Dr. Lucho e ressalta que “é extremamente importante que a realização da técnica exija do profissional profundo conhecimento da anatomia humana, além de avaliar corretamente as características de cada paciente e entender a real necessidade de execução do procedimento.”