24/02/2022, 19:36
Museu Nacional da República abre programação de 2022
Os trabalhos do armênio Tsolak Topchyan e da paulistana Luiza Gottschalk, dois artistas que têm nas montanhas referências importantes, estarão em exibição no Museu Nacional da República (MUN), a partir desta sexta-feira (25), com visitação até 10 de abril. As exposições na parte térrea do museu inauguram a programação de 2022.
“São dois artistas que expõem pela primeira vez seus trabalhos em Brasília, de trajetórias recentes e produções ligadas a questões atuais. Meio ambiente, natureza, viagem e territorialidade são temas abordados em múltiplas técnicas: instalação, colagem, desenho e pintura, cada um a sua maneira, de forma especial”, afirma a diretora do MUN, Sara Seilert.
O curador Carlos Silva classifica como “complexo” o conjunto da obra de Tsolak Topchyan apresentado em No Entre Céus, exposição individual montada na Sala 2 do MUN, com 27 telas. Refere-se ao fato de a pesquisa do artista reunir técnicas variadas: “Desenho e pintura se mesclam com outras linguagens, como papel colado, bricolagem e instalação”.
Tsolak, que mora há quase quatro anos no Brasil, nasceu em 1981, na Armênia, república localizada ao sul do Cáucaso, cadeia de montanhas que divide Europa e Ásia. A partir dos anos 2000, ele deu início a suas viagens.
Instigado a comparar a terra natal com o Brasil, Tsolak – que já morou e fez residências artísticas na Áustria, França, Coreia do Sul e Bielorrússia – diz que o Brasil é muito maior que a Armênia e, por isso, tem qualidades de cores e luzes diferentes.
“Mas, em relação a Brasília, posso dizer que as cores são mais fortes e brilhantes, o sol, o céu, a grama, o solo. O solo da Armênia, por exemplo, é mais marrom e até preto, o de Brasília é de um vermelho fantástico”, afirma o artista.