17/05/2022, 20:06
Equipes de Saúde da Família cadastraram 1,3 milhão de pessoas desde 2019
Todos os dias, às 9h, as agentes comunitárias de saúde Maria Concilene Julião e Evanilda Correia da Silva percorrem as ruas da área sul de Samambaia para cadastrar e fazer o acompanhamento de moradores da região administrativa. Elas têm a tarefa de aproximar a comunidade dos serviços oferecidos pelas unidades básicas de saúde (UBSs) de referência. É nessa conversa do dia a dia que as agentes identificam situações de risco e direcionam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ao atendimento. A iniciativa faz parte do programa Estratégia Saúde da Família (ESF), da Secretaria de Saúde (SES). Desde 2019, devido à visitação, foram cadastradas 1,3 milhão de pessoas na atenção primária no DF, passando de 400 mil para o número atual de 1,7 milhão de cadastros. “A gente anda aqui e é parado o tempo todo porque as pessoas já nos conhecem, querem tirar dúvida, contar uma história, dar um retorno de um parente que foi hospitalizado, e assim vai”, diz a agente Maria Concilene. Em poucos minutos, a fala dela é confirmada. A vendedora de marmitas Estela dos Santos Pereira, 61 anos, viu as agentes na rua em que mora e saiu de casa já com a caderneta de vacinação do neto na mão.
Ele queria saber se estava tudo em dia com a imunização do menino. “Eu ia lá no postinho [UBS], mas encontrei as meninas e aproveitei”, admite. “São os meus anjos da guarda. O postinho é a melhor coisa que aconteceu aqui”, diz a vendedora de roupas Claudimira Antunes, 62 anos. Além de ser hipertensa, com acompanhamento médico semestral na UBS, ela tem uma leve dificuldade auditiva. Ao encontrar as agentes comunitárias, Claudimira foi informada sobre a data do agendamento com otorrino.