Menu

23/05/2022, 14:06

Mistura Geral – Arte, Ação e Pensamento

Compondo a intensa programação do Mistura Gerallives formativas e rodas de conversa, nas sextas-feiras dias 10, 17 e 24 de junho, e mais nove shows musicais, nos domingos 12, 19 e 26 de junho, em parceria com a Feira No Setor, que servirá de palco para as apresentações. No repertório, diversidade cultural, arte popular, valorização de profissionais da cadeia criativa, inclusão e respeito às pautas identitárias.

Nesta linha, o Mistura Geral no que diz respeito aos convidados, “está atento às afinidades e possibilidades de diálogo, buscando refletir os mais variados gêneros e estilos, além da qualidade dos que se destacam no DF e as relações com as cenas nacionais”, aponta a curadoria do projeto.

Dentre atrações locais, as cores e toadas regionais do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, a versatilidade que vai do reggae à psicodelia da banda O PlantaE, a ciranda de Martinha do Coco, a estreante cantautora e percussionista Lirys Catharina,além dos arranjos explosivos que mesclam Ska, Frevos e Marchinhas de Carnaval, do grupo Ska Niemeyer.

Também originais de Brasília e que já alçaram longos vôos para se apresentar fora do quadradinho bem como no exterior, representando a rica qualidade musical da nossa região, sobem ao palco do Mistura Geral: a consagrada Muntchako, cuja sonoridade ímpar conduz a plateia por sonoridades latinas, africanas, ciganas e jamaicanas.

O álbum homônimo da banda, com produção de Curumim, e de performance ao vivo eletrizante já levou o trio a vários estados brasileiros e turnês mundo afora. Seu disco de estreia, lançado em 2017, configurou entre os 30 melhores pela Musicoteca Uol, os 50 da lista Indie 505 MTV e também do Som do Som, e entre os 100 da Embrulhador.

A outra atração consagrada é RAPadura Xique-Chico. Natural de Fortaleza (CE), mas morador de Ceilândia desde a adolescência, RAPadura desenvolve um trabalho voltado para o universo do canto falado e mescla Rap à cadência da Cantoria de Repente. Suas letras de protesto são contundentes e exalam uma linguagem poética sem perder a identificação com o povo. Falam do Nordeste, da seca, do agricultor, da mulher rendeira e também da cidade, dos processos de urbanização e dos sentimentos contemporâneos.

Foi aos treze anos, quando se mudou para o Distrito Federal com a família, que passou a ter contato com o universo do hip-hop e perceber as similaridades e possibilidades do estilo musical norte-americano com o Repente, a arte de poesia improvisada brasileira. RAPadura foi vencedor das edições 2007 e 2009 do Prêmio Hutúz na categoria Melhor Artista Norte/Nordeste, também indicado ao VMB (Video Music Brazil) como Aposta MTV em 2012 e em 2013 foi um dos representantes nacionais do Ano do Brasil em Portugal.

Vinda do Recife (PE), Flaira Ferro desembarca em Brasília para apresentar seu lirismo introspectivo e calmo presente em algumas canções, de característica sonora instigante. O trabalho da cantora traz a mistura do rock com o frevo e encontra a vitalidade de guitarras distorcidas, samples e beats eletrônicos para construir uma estética afiada.

E para representar as tradições maranhenses, o Mistura Geral convidou Tião Carvalho. Radicado em São Paulo, Tião é considerado um mestre da cultura popular brasileira. Músico, compositor, cantor, dançarino, ator, brincante, capoeirista e educador, ele difunde a cultura popular brasileira por aqui e pelo mundo há mais de 40 anos, seja em apresentações ou com os workshops que ministra.

Para a concepção do Mistura Geral, “partimos da compreensão de que o Distrito Federal é uma composição de Brasis, e por isso mesmo especialmente rico em diversidade e qualidades, nesse sentido, buscamos trazer ao público de Brasília, através da programação: Arte, Ação e Pensamento”, justifica a curadoria.