23/05/2022, 20:39
Projeto Mistura Geral – Arte, Ação e Pensamento
Compondo a intensa programação do Mistura Geral, lives formativas e rodas de conversa, nas sextas-feiras dias 10, 17 e 24 de junho, e mais nove shows musicais, nos domingos 12, 19 e 26 de junho, em parceria com a Feira No Setor, que servirá de palco para as apresentações. No repertório, diversidade cultural, arte popular, valorização de profissionais da cadeia criativa, inclusão e respeito às pautas identitárias.
Nesta linha, o Mistura Geral no que diz respeito aos convidados, “está atento às afinidades e possibilidades de diálogo, buscando refletir os mais variados gêneros e estilos, além da qualidade dos que se destacam no DF e as relações com as cenas nacionais”, aponta a curadoria do projeto.
Dentre atrações locais, as cores e toadas regionais do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, a versatilidade que vai do reggae à psicodelia da banda O PlantaE, a ciranda de Martinha do Coco, a estreante cantautora e percussionista Lirys Catharina, além dos arranjos explosivos que mesclam Ska, Frevos e Marchinhas de Carnaval, do grupo Ska Niemeyer. Também originais de Brasília e que já alçaram longos vôos para se apresentar fora do quadradinho bem como no exterior, representando a rica qualidade musical da nossa região, sobem ao palco do Mistura Geral: a consagrada Muntchako, cuja sonoridade ímpar conduz a plateia por sonoridades latinas, africanas, ciganas e jamaicanas.
O álbum homônimo da banda, com produção de Curumim, e de performance ao vivo eletrizante já levou o trio a vários estados brasileiros e turnês mundo afora. Seu disco de estreia, lançado em 2017, configurou entre os 30 melhores pela Musicoteca Uol, os 50 da lista Indie 505 MTV e também do Som do Som, e entre os 100 da Embrulhador. A outra atração consagrada é RAPadura Xique-Chico. Natural de Fortaleza (CE), mas morador de Ceilândia desde a adolescência, RAPadura desenvolve um trabalho voltado para o universo do canto falado e mescla Rap à cadência da Cantoria de Repente. Suas letras de protesto são contundentes e exalam uma linguagem poética sem perder a identificação com o povo. Falam do Nordeste, da seca, do agricultor, da mulher rendeira e também da cidade, dos processos de urbanização e dos sentimentos contemporâneos.