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29/05/2022, 21:19

Teatro Galpão passa a se chamar Hugo Rodas

Desde o momento em que o diretor Hugo Rodas (1939 – 2022) pisou pela primeira vez em Brasília, em 1975, o dia 27 de maio, data do seu nascimento, virou uma festa teatral na cidade. Adepto às celebrações, o mestre uruguaio adorava reunir a família nômade que se formava em torno dos seus aprendizados em salas de ensaio e de aula. Na sexta-feira (27), não foi diferente. Atores, atrizes, espectadores e agentes culturais se prepararam para batizar o Teatro Galpão com o nome de um dos artistas mais importantes do DF. Aberta à comunidade. Estarão presentes artistas que tiveram a história impactada pela arte do diretor uruguaio e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), a exemplo do ator, diretor e professor universitário aposentado João Antônio de Lima Esteves e da atriz e antropóloga Iara Pietricovsky.

“Queremos celebrar a memória desse mestre que tanto transformou a arte cênica de Brasília. O Teatro Galpão Hugo Rodas surge como esse espaço natural e orgânico de criação e experimentação desse criador e de sua imensa trupe”, anuncia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Após o batismo, a festa segue conduzida pelos dois grupos que estavam sob a direção de Hugo Rodas antes da sua morte, em 13 de abril: a Agrupação Teatral Amacaca (ATA) e a Saci Wèrè, que vão tomar o Espaço Cultural Renato Russo com um cortejo, conduzindo os convidados para dentro do teatro com canções que compuseram trilhas de diversos espetáculos do diretor.

“Nós temos a missão de seguir com o legado de Hugo Rodas, e é simbólico esse momento de batismo em um território onde estamos residentes desde 2018, criando e apresentando uma série de espetáculos sob a maestria desse artista singular”, aponta a atriz Dani Neri, da ATA. A relação de Hugo Rodas com o Teatro Galpão é histórica. Ali ele apresentou uma série de espetáculos que definiram a sua estética teatral. Compôs também a versão brasiliense de Os Saltimbancos, com o grupo Pitú, em 1976, que foi um dos primeiros sucessos do diretor na cidade, viajando pelo país e anunciando que Brasília tinha teatro de qualidade. Em 21 de abril, Hugo recebeu a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro, da Secretaria de Cultura Criativa (Secec).