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06/07/2022, 08:30

Irrigação com aproveitamento da gravidade traz economia

Um sistema de irrigação redimensionado pode trazer economias significativas ao produtor. Na prática, o casal Adão Tavares dos Santos e Terezinha Ribeiro dos Santos, do núcleo rural Santos Dumont (Região Administrativa de Planaltina), comprovou o que os extensionistas da Emater-DF têm divulgado. Ao instalar um complexo de irrigação com base no declive do terreno em relação ao canal que banha a comunidade, Adão aposentou as bombas que puxavam água do córrego e viu a conta de energia elétrica diminuir. De acordo com o engenheiro agrônomo Marcio Meirelles, do escritório da Emater-DF em Planaltina, o desnível do canal de irrigação — abastecido com água do Rio Pipiripau — até a chácara de Adão é de 45 metros, o equivalente a um prédio de 14 andares. “É uma descida e tanto, que faz com que a água chegue à propriedade com bastante pressão”, explica o extensionista. O método só foi possível graças à tubulação do canal, finalizada em 2020. “Estou muito satisfeito com esse novo sistema. Reduziu bastante minha conta de luz. Além disso, todo ano a bomba que puxava água queimava e o conserto era caro”, relata o produtor. Antes do novo complexo, ele aguava a lavoura com uma mangueira. “Agora, basta abrir as torneiras que a irrigação começa automaticamente, tenho muito mais tempo livre para trabalhar em outras atividades da chácara”, comemora. O modelo de irrigação é com aspersores. A princípio, Adão não estava muito confiante quanto à proposta da Emater-DF. “Sugeri ao produtor que eu poderia comprar o equipamento e instalar. Ele se comprometeu em arcar com os custos se o resultado fosse bom. E, no fim, foi bastante positivo”, revela o técnico Marcio Meirelles.