22/09/2022, 17:30
Dia do Portador de Marcapasso: especialista elenca 5 dicas de cuidados para usuários do dispositivo
A data, celebrada em 23 de setembro, serve para desmistificar questões entre os mais de 300 mil usuários da tecnologia no Brasil
Celebrada em 23 de setembro, a campanha criada para comemorar o Dia do Portador de Marcapasso, é uma iniciativa da ABEC/DECA – Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial/Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), com o intuito de mobilizar cardiologistas em todo o país para desmistificar muitas questões sobre o assunto.
Atualmente, no Brasil, mais de 300 mil pessoas utilizam marcapassos e aproximadamente 49 mil realizam o implante deste tipo de dispositivo todo o ano, como mostram dados do Censo Mundial de Marcapassos e Desfibriladores.
Segundo o cardiologista e especialista em eletrofisiologia do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Renato David da Silva, o marcapasso monitora o coração continuamente e identifica batimentos irregulares, lentos ou interrompidos, enviando um estímulo elétrico ao coração e regularizando os batimentos.
“Algumas pessoas sofrem com o ritmo cardíaco irregular ou lento, seja devido a uma doença congênita, efeitos colaterais de medicamento ou envelhecimento natural. Assim, o coração não consegue mais bombear suficientemente o sangue rico em oxigênio para o corpo, podendo gerar diversas complicações de saúde. Uma alternativa para esse problema é o implante de um marcapasso”, explica o especialista.
Esse pequeno dispositivo eletrônico serve para controlar o ritmo cardíaco. Ele possui um gerador, uma bateria interna e cabos eletrodos. Estes cabos são conectados ao coração e ligados ao marcapasso depois que o médico se certifica de que estão posicionados corretamente. O aparelho é implantado em uma espécie de “bolsa” sob a pele durante uma cirurgia considerada simples, feita com sedativo e anestesia local. É um procedimento tranquilo, que dura de uma a duas horas. Geralmente, o paciente pode ir para casa no dia seguinte e retomar as atividades habituais depois de 30 dias.