16/02/2023, 09:09
Pedro Henniker lança livro que foi escrito durante isolamento social
por Felipe Lucchesi
Colunista: Felipe Lucchesi
Pedro Henniker nasceu em Campo Grande (MS), mas foi em Umuarama (PR), cidade atual, que a profissão tão desejada ganhou vida na sua trajetória: ser Escritor tornou-se um sonho possível.
Seu primeiro livro: “ Kaio Amal e o Caminho Belbellita ” foi escrito no decorrer dos dias e momentos de inquietude, que compuseram o indesejado surgimento da pandemia.
Enquanto todos mergulhavam dentro dos próprios conhecimentos e aflições, diante de um mundo que pedia socorro, Pedro debruçava-se na mesa e escrevia sua obra, que conta ao todo com 40 personagens e um universo paralelo à realidade.
Sinopse
Kaio Amal vivia no tédio do dia-a-dia dele, até chegar ao ponto com seus novos amigos, em que, eles têm de fugir da mãe do Amal, que na verdade é apenas uma bruxa que usurpara ser a mãe verdadeira dele.
Entre a ida à uma realidade mágica e encontro com seres inusitados, Amal e seus amigos percorrerão um longo caminho.
Entrevista Exclusiva
Pedro Henniker
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Quais escritores e escritoras são grandes referências para você?
Pedro Henniker (Escritor) – Não é segredo que amo a mente e os dedos criativos da J.K e da Stephenie Meyer, o profissionalismo delas é de se aplaudir, fora que, tenho o costume de me espelhar nos melhores, no entanto, quero dar destaque ao escritor Paulo Coelho. Pela trajetória que a escrita o levou a ser quem é. Assisti uma entrevista — amo de coração ver entrevistas —, e um filme dele no YouTube… Se você o conhece pela sua história, saberá que estou escolhendo uma referência excelente.
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Como surgiu a ideia de escrever um livro?
Pedro Henniker (Escritor) – Um pouco antes da pandemia de 2020, foi 3 de março… O dia em que expressei os primeiros pensamentos do Kaio, a ideia em si não teve um fundamento sólido, digo, não tinha feito nada em relação à obra antes, só pensava muito nisso. Eu havia saído do meu primeiro emprego, minha família e eu decidimos morar numa chácara…, sempre quis deixar algo meu registrado nesse mundo, sempre tive altas expectativas sobre o meu futuro. Foi nesse local que surgiu a clareza e o percurso da história… Me sentia solitário e isto me fazia pensar muito sobre a minha infância, morar lá é longe de tudo mesmo, eu estava no terceiro ano do fundamental, ia fazer 20 anos… No entanto, o surgimento da ideia foi provocado por uma inquietude dentro do meu coração; queria unir histórias que gosto de um jeito totalmente singular…, e veja agora. Teremos o livro físico em breve, já está sendo trabalhado!
Felipe Lucchesi (Jornalista) – “Kaio Amal” tem 40 personagens. Vai descobrindo tudo de acordo com o fluir da escrita ou antes, cria e planeja?
Pedro Henniker (Escritor) – Pergunta inteligente. Para mim foi muito incrível ver que posso dar vida, a algo que nunca experimentei antes — bom, eu aparentemente dava vida aos meus brinquedos, só que não era na base da escrita. Eu planejei sim alguns personagens, é necessário para evitar furo na trama e ter um enredo claramente coerente; outros foram ao decorrer… Porque eu não tinha ideia que o final seria daquela forma, sério! Fiquei besta que consegui finalizar a obra de um jeito tão “me traga outro copo d’água”. Por exemplo: os alunos da escola do palácio, Hobahetlom, surgiram tudo ali, não tinha o que fazer se não criar pontes com esses personagens. E para falar a verdade, eles e outros apareceram no decorrer. Eu não tinha um final exato e certeiro, mas sou perspicaz na questão interna dos personagens e dos ciclos deles, no desenrolar.
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Qual o grande desafio em ser escritor?
Pedro Henniker (Escritor) – Quem sou eu na fila do pão para falar em nome de todos? Não é. Para mim é logicamente o cotidiano, isso pode ser bom e também fugaz. É preciso ter disciplina em todas as áreas e discernimento para ao máximo deixar a balança da justiça correta. O escritor, para mim, não pode se apegar muito ao cotidiano, pois é como disse, isso é fugaz, porém depende dele (do cotidiano) como um bom companheiro mascarado. O que quero dizer… é que, se nada do dia-a-dia for acrescentar para o seu desenvolvimento, como ficará a longo prazo os personagens? Eles também crescem, certo? É preciso viver, o escritor tem o dom de ver a vida de uma forma mais sublime assim como outras classes artísticas. Tenho o meu cotidiano, porém não sou escravo dele!
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Você tem amizade com outros escritores e escritoras, ou ainda é um meio com muita “competição”?
Pedro Henniker (Escritor) – Tenho alguns colegas escritores, uns até estão ligados diretamente a uma editora. E para ser sincero, há competição nesse meio, é só olhar o que “fulano” vez que deu certo, que o outro já quer fazer igual sem ter ideia de como se manter original. É como se fosse algo para superar os outros e não os próprios limites, isso tem há muito tempo, desde o tempo do escritor Jorge Amado. E suponho que, se não houvesse intrigas ocultas — que muitas das vezes é gerado por questões políticas e de diversidades —, de certo modo ajudaria o Brasil a ter mais chances de ganhar um Nobel da Literatura; claro que depende de outros pilares também.
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Qual a sua relação com grandes Editoras? Elas estão preparadas em acolher novos autores?
Pedro Henniker (Escritor) – Eu realmente tentei entrar em contato com editoras grandes, umas quatro — bom, não é legal fazer isso porque perde a credibilidade de confiar em um negócio, caso alguma entre em contato com você e descobre que já havia falado com outra, ou a deixa esperando porque ainda está falando com outra. Eu agi de modo ansioso, porém, passei quase 4 meses esperando —, não descarto a hipótese de que o trabalho em equipe é um fator grandioso…, mas não tinha respostas de nenhumas delas, por ligação não se resolvia e, e-mail é algo que te afeta, tipo, você olha a entrada todos os dias e nada… Sabe, o tempo não para. Na época, a avalanche do TikTok em relação à comunidade literária estava subindo… Isso já tirava uma parte do olhar das editoras para com os escritores jovens e sem nenhum tipo de alcance na internet, é mais vantajoso apostar em algo que já se ouve falar ou se tem ideia. Entretanto, há muitas editoras no Brasil, cerca de 550, então provavelmente há, sim, editoras eficazes em abrir portas para novos escritores, só ter planejamento e um orçamento adequado. Ressalto aqui que, caso alguém queira entrar em contato comigo, já sabem onde me achar.
Felipe Lucchesi (Jornalista) – Quais dicas não lhe deram e que você agora dá para quem deseja escrever um livro?
Pedro Henniker (Escritor) – Eu falo muito né, escrevo também (risos). Gosto de simbologia, então três dicas aqui: primeiro; apenas faça, apenas vá e escreva uma linha inteira e, no outro dia também, mais uma linha. Se está no seu coração o desejo de trazer isso à vida, escute-o. Segundo; não deixe de evoluir como pessoa, pois, assim como os pais devem ter obrigação de cuidar dos filhos, você escritor, tem o dever de se aperfeiçoar como humano. Você faz isso ou seus personagens serão fracos e enjoativos. A última, terceira…, se atente no que você está formando, se anime, porque isso só depende do seu cérebro e coração. Temos fases, mas não se vire para o lado oposto da sua essência!
Serviço
“ Kaio Amal e o Caminho Belbellita ”
A compra do livro pode ser feita através do link
Contato com o autor através do Instagram oficial dele.
Tags: entrevista, escritor, Exclusiva, Felipe Lucchesi, Jornal Alô Brasília, literatura brasileira, Literatura nacional, livro, Pedro Henniker