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24/04/2023, 21:48

Abril: mês de prevenção ao câncer de testículo

O câncer de testículo é raro e responde por cerca de 5% do total de casos de câncer entre os homens. Diferentemente do que ocorre com outros tumores, como os de próstata, o câncer de testículo é mais comum na população jovem, entre 15 e 40 anos de idade, o que representa a faixa etária mais produtiva dessa população. De acordo com o oncologista da Oncoclínicas Brasília, Daniel Vargas, a taxa de cura é muito próxima a 100%. “Se detectado em estágios precoces, e mesmo no cenário mais avançado, uma parcela considerável dos pacientes ainda podem ser curados, diferentemente do que ocorre em outros cânceres”, afirma. 

Sintomas e sinais do câncer de testículo

O sinal mais comum do câncer de testículo é o aparecimento de um nódulo endurecido no testículo que às vezes provoca dor, mas na maioria dos casos, não. Outros sintomas que devem despertar a atenção são:

• Aumento ou diminuição no tamanho dos testículos;

• Endurecimentos;

• Dor imprecisa e persistente na parte baixa do abdome;

• Dor imprecisa e persistente na região das costas.

Diagnóstico

Ainda segundo o oncologista, a primeira fase da investigação diagnóstica ocorre pelo exame clínico, verificando se há nódulos palpáveis no testículo ou outras alterações que sugiram câncer. Na sequência, um dos exames para confirmação diagnóstica é a ultrassonografia da bolsa escrotal, que pode identificar lesões e caracterizá-las. “Também é importante a realização de exames laboratoriais que são chamados de marcadores tumorais. Confirmada a suspeita diagnóstica, o diagnóstico definitivo apenas é realizado, na maioria dos casos, após a cirurgia de retirada do testículo afetado que é enviado para biópsia, e a definição de algum tratamento complementar é decidida apenas após a realização de tomografia computadorizada do tórax, abdome e pelve”, explica o médico. 

Tratamento

O tratamento dos tumores de testículo se baseia no estágio dos tumores (estadiamento), no subtipo de células malignas presente (tipo histológico) e classificação de risco apresentada. Cada paciente receberá um tratamento individualizado baseado nestes fatores, o qual podem envolver as seguintes alternativas:

1- Orquiectomia radical: Procedimento cirúrgico de remoção do testítulo acometido, que, mesmo isoladamente, pode curar a maioria dos pacientes com doença inicial.

2- Linfadenectomia retroperitoneal: Ressecção cirúrgica de eventuais tumores disseminados na região do interior do abdome, que pode ser empregada em casos selecionados.

3- Quimioterapia

4- Radioterapia. 

Prevenção 

O oncologista da Oncoclínicas Brasília ressalta que o mais importante é a realização do autoexame para a detecção precoce da neoplasia, o que eleva muito as chances de cura. “ Uma das recomendações é que o autoexame seja feito uma vez por mês, após um banho quente, principalmente em pacientes com história pessoal de tumor testículo tratado (sendo o exame realizado no testículo contralateral) ou em pacientes com história familiar de câncer de testículo. A temperatura da água relaxa o escroto e facilita a verificação de qualquer mudança de tamanho, sensibilidade ou anormalidade”, finaliza Daniel Vargas. 

Como fazer o autoexame? 

• De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto

relevo na pele do escroto

• Examine cada testículo com as duas mãos

• Posicione o testículo entre os dedos indicador, médio e o polegar

• Revolva o testículo entre os dedos – você não deve sentir dor ao realizar o

exame

• Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior que o outro,

isto é normal

• Ache o epidídimo – canal localizado atrás do testículo, que se assemelha à

textura de um novelo, que coleta e carrega o esperma

• Os tumores malignos são, em geral, facilmente palpáveis e detectados com

essa análise manual.