A França reconheceu nesta segunda-feira Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como presidente interino da Venezuela com a incumbência de convocar eleições presidenciais, após expirar o prazo que vários países europeus tinham dado a Nicolás Maduro.

“Consideramos que hoje o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, cuja legitimidade está perfeitamente reconhecida, está habilitado para convocar eleições presidenciais”, indicou o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, em entrevista à emissora “France Inter”.

“Parece claro para todo o mundo, inclusive os europeus, que é preciso sair desta crise com uma eleição que seja completamente legítima” para a chefia de Estado, já que a Venezuela é um país com regime presidencial, argumentou o chefe da diplomacia francesa.

Le Drian explicou que hoje haverá consultas entre a França e seus parceiros europeus para constituir um grupo de contato “para acompanhar a transição, não para ser neutro”.

O chanceler francês negou que tal medida seja uma ingerência, e disse que é uma “tentativa pela nossa parte para que a crise venezuelana se solucione com calma e evitar confrontos e violência”, assim como a intervenção do Exército.

Le Drian afirmou que a Venezuela é um país no qual “há muitos refugiados, há opressão, há uma inflação horrível, o povo está nas ruas, quer mudança e acreditamos que é preciso evitar uma guerra civil e enfrentamentos”.

Além disso, lembrou que a eleição de Maduro em maio do ano passado “foi muito contestada”, ao contrário da de Guaidó para a Assembleia Nacional.

 

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