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05/02/2019, 15:30

Após três anos, Distrito Federal volta a registrar abertura de lojas

O comércio brasiliense conseguiu finalizar o ano de 2018 com um saldo positivo de 57 novas lojas com vínculos empregatícios, entre aberturas e fechamentos. Esse foi o melhor resultado desde 2014, interrompendo uma trajetória negativa de três anos seguidos. Os números são de um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgado em Brasília pela Fecomércio-DF. Regionalmente, em 15 das 27 unidades da Federação foram registradas mais aberturas do que fechamentos, destacando-se de forma positiva os Estados de São Paulo (+3.883), Santa Catarina (+1.706) e Minas Gerais (+940). O Distrito Federal ficou em 12º lugar. O Rio de Janeiro foi a unidade que mais fechou lojas, com – 997.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, avalia que apesar do número parecer pequeno, é o primeiro resultado positivo em três anos. “Fatores como o aquecimento do mercado de trabalho, a volta da confiança dos consumidores e dos empresários, além da inflação mais estável, ajudaram na retomada da abertura de lojas no DF”, explica Francisco Maia. “As condições de consumo estão mais favoráveis, o que também aumentam as vendas a prazo, ajudando segmentos fundamentais da economia”, completa. O DF acumulou saldos negativos na abertura e fechamento de lojas nos anos de 2015 (-2.190), 2016 (-2.356) e 2017 (-453). A pesquisa começou a ser apurada em 2005.

A última crise econômica teve início para o varejo em 2014 quando, segundo o IBGE, as vendas encolheram 1,7% em relação a 2013. Nos dois anos seguintes, o comércio apurou perdas reais de faturamento de 8,6% e 8,7%, respectivamente. Desse modo, entre 2014 e 2016, o volume de vendas do varejo acumulou retração de 20% em termos de volumes de venda. Ainda longe de reverter essas perdas, o resultado de 2018 dá mais confiança ao empresariado. Em todo o País, houve um incremento de 8,1 mil pontos de venda. A expectativa é que até o fim deste ano o varejo nacional se aproxime de 23,3 mil novos estabelecimentos abertos. Confirmada essa projeção, o ano de 2019 apresentará, portanto, o maior saldo de abertura de lojas desde 2013.

Metodologia

O levantamento é realizado com a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho. Em função disso, os resultados já são apresentados por saldo. Não são disponibilizados os números de abertura e fechamento de lojas, apenas o saldo final.