Com a previsão de mais dias quentes neste mês de dezembro, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, publicou nota técnica com novas orientações e recomendações para reduzir os riscos à saúde provocados por ondas de calor. De acordo com o documento, o fenômeno causa grande impacto na saúde humana com o aumento da temperatura de forma repentina, o que pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, respiratório e urinário, contribuindo para uma piora das doenças e agravos relacionados ao calor. O grande tempo de exposição ao sol pode causar risco de insolação, desidratação, queimaduras ou exaustão térmica.

A presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), Paula Campoy, destaca a importância do cuidado com os trabalhadores neste momento, principalmente os que desempenham funções em áreas externas, onde não é possível ter refrigeração. “A abordagem mais eficaz para as empresas é a prevenção”, alerta. Segundo Campoy, as ações recomendadas são:

• Disponibilizar água fresca aos funcionários para manter níveis adequados de hidratação e refrigerar o organismo, especialmente em ambientes com baixa umidade relativa do ar;
• De acordo com o perfil de trabalho, implementar programa de reposição hidroeletrolítica, oferecendo soro de reposição oral (1.5 a 2 litros por dia) por meio de pontos de hidratação dentro da empresa;
• Incentivar pausas em atividades profissionais para evitar a exposição contínua ao calor, recomendar o uso de filtro solar com fator mínimo 30, principalmente em áreas expostas como rosto e braços, especialmente para trabalhadores da construção civil, indústria (manutenção de máquinas) e trabalhadores rurais;
• Ter acompanhamento por parte de uma equipe médica da empresa e;
• Implementar comunicação corporativa por meio de e-mails, marketing interno, banners locais, e engajamento nas mídias sociais da empresa. A Aliança para a Saúde Populacional atua para a promoção da Gestão de Saúde Populacional, com a promoção de programas junto aos trabalhadores de organizações, implementando e controlando programas de promoção de saúde, qualidade de vida, gestão de doenças crônicas, gestão de uso de medicamentos e outras intervenções, como em momentos atípicos como os de ondas de calor que o Brasil tem enfrentado nos últimos tempos. “Ao adotar essas medidas, é possível minimizar os impactos das ondas de calor, protegendo a saúde e bem-estar dos indivíduos, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e consciente”, aponta a presidente da entidade.