20/12/2023, 13:42
‘Inteligência artificial’ é eleita a palavra do ano pelo dicionário Collins
O dicionário inglês Collins anunciou “IA – inteligência artificial” como a palavra do ano, e define o termo como “o modelo de funções mentais humanas realizado por programas de computador”. A escolha se deu através de uma votação realizada pela equipe do dicionário, que analisou uma lista de novos termos de 2023.
Desde assistentes virtuais até sistemas autônomos, a IA tem se desenvolvido rapidamente, redefinindo o nosso cotidiano com inovações surpreendentes. Alguns exemplos notáveis incluem os assistentes virtuais Siri, Alexa e Google Assistant, que utilizam processamento de linguagem natural para compreender e responder a perguntas dos usuários, e o ChatGPT, capaz de realizar uma variedade de tarefas em poucos segundos, como resolver problemas de matemática e escrever códigos de programação.
Para Paul Hodel, especialista em inteligência artificial e engenheiro de software, a ascensão da IA acontece não apenas pelas inovações que ela traz, mas também pela curiosidade e receio dos impactos que essas mudanças podem causar. “Apesar de prometer eficiência e crescimento econômico, a implementação da IA no mercado reconfigura as relações de trabalho, fomentando incertezas e provocando questionamentos sobre o futuro da tecnologia”, afirma Paul.
À medida que nos aproximamos de 2024, a IA promete benefícios extraordinários em campos como medicina e conservação ambiental, mas seus impactos exatos permanecem incertos. “Enfrentamos um futuro que podemos moldar, onde a IA pode ser uma força benéfica, desde que sua evolução seja gerida com responsabilidade e alinhada aos valores humanos”, Para o engenheiro de software, esse é o segredo para um futuro positivo com as novas tecnologias.
Para além do aspecto tecnológico, essa transformação engloba dilemas éticos fundamentais e questões como viés algorítmico, privacidade, direitos autorais e segurança digital. “Isso mostra à sociedade a importância da educação sobre o papel exercido pela inteligência artificial, e desafia os governos a considerarem seriamente a necessidade de regulamentações específicas nos sistemas legislativo e judiciário que estejam à altura dos desafios desta nova era, buscando equilibrar inovação e segurança, progresso e ética”, alerta.