20/02/2019, 12:39
Bombeiros oferecem curso de pilotagem a motociclistas
Motociclista consciente evita acidente. É essa a proposta do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) ao oferecer curso de Pilotagem Defensiva gratuito a toda a comunidade de Brasília. A iniciativa ensina noções de primeiros socorros, além de propiciar aulas técnicas e práticas de como dirigir sob duas rodas e evitar acidentes.
O curso tem três modalidades: básica, intermediária e avançada. Com duração de oito horas, tudo é feito em apenas um dia. No turno da manhã são ministradas aulas de primeiros socorros e teoria de pilotagem defensiva. Já à tarde, os alunos aprendem na prática como pilotar de forma segura. Qualquer pessoa pode se inscrever no curso, desde que tenha a habilitação categoria B (autorização para dirigir veículos de duas ou três rodas) e utilize sua própria motocicleta e equipamentos de proteção individual.
Muito elogiado pelos alunos, o trabalho feito por esses profissionais é de extrema importância. No último trimestre, por exemplo, o Detran registrou 62 mortes de motociclistas em Brasília. Por isso, mais que um trabalho de informação, é um trabalho de humanização. Prevenir e ensinar, para evitar, dizem os bombeiros.
“Eu sempre quis fazer um treinamento para pilotar melhor a minha moto, pois eu sabia que tinha limitações. Não me considerava um bom motorista. Cheguei um pouco nervoso pensando se realmente ia aprender alguma coisa. Eu já pilotava moto havia 18 anos, então quem ia garantir que em um dia de curso eu ia aprender algo? Mas meu cérebro ficou a mil com tanta informação após o curso. Eu percebi o quanto eu era ruim na pilotagem. Esses cursos são ótimos para a gente ganhar intimidade com a moto e aprimorar a técnica”, conta André Fredo, 52 anos, servidor público.
Potência
Segundo o comandante do grupamento de atendimento pré-hospitalar, coronel Clayson Fernandes, o curso atende uma turma com até 14 alunos por mês, mas se houver um maior número de interessados, as aulas podem ser ampliadas. Os grupos são separados de acordo com a potência de cada motocicleta.
“A procura tem sido muito grande. O retorno, melhor ainda. Eu faço parte do comitê de trânsito de Brasília que avalia melhores condições de tráfego. A gente percebeu que, apesar de ter aumentado o número de motociclistas em Brasília, o número de acidentes diminuiu. Tenho certeza que o projeto ajudou muito”, acredita o coronel. Em janeiro deste ano, havia 204.348 motos registradas no Distrito Federal.