05/11/2024, 09:08
Descarte irregular de entulho traz riscos à saúde e ao meio ambiente
O Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), já retirou cerca de 480 mil toneladas de entulho descartado irregularmente em toda a capital, entre os meses de janeiro e setembro. O descarte impróprio dos resíduos provenientes de obras, além de causar danos ambientais significativos, representa um risco ainda maior durante o período chuvoso, uma vez que favorece a proliferação de vetores de doenças e cria abrigos para animais peçonhentos.
Nesta época do ano, materiais acumulados, como restos de concreto, madeira e outros resíduos, podem reter água e formar criadouros para o mosquito Aedes aegypti – transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Além disso, o acúmulo de entulho atrai ratos e outros animais, que podem ser vetores de leptospirose e outras enfermidades, aumentando os riscos à saúde pública.“Infelizmente, esta é uma prática comum da população, que reincide no descarte inadequado do entulho e de outros materiais. O risco dessa prática é justamente a contribuição para o surgimento dos vetores de doenças. Isso aumenta o risco por exemplo de quem mora próximo a essas áreas de descarte contrair dengue, leptospirose e tantas outras doenças”, alerta o subdiretor de Limpeza Urbana, Everaldo Araújo.Com uma média mensal de 53,3 mil toneladas removidas das ruas por mês, a tendência é que, caso o ritmo se mantenha, o DF atinja, até o final do ano, o volume de entulho descartado em todo ano passado, que totalizou 651.289 toneladas. Em 2023, a cada mês, o SLU recolheu 54,2 mil toneladas de locais impróprios para o descarte.