O período de convenções partidárias terminou no último domingo (5). É nessa fase que os partidos definem coligações e os candidatos. Agora, os nomes selecionados devem ser registrados até o próximo dia 15 de agosto. Mesmo com a data tão próxima, muitas mudanças podem acontecer até as eleições de outubro. Entre as principais incertezas está a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que deve afetar diretamente a posição de Manuela d’Ávila na corrida pela presidência. Lula está preso desde 7 de abril, em Curitiba.

 

Alvaro Dias (Podemos)

O candidato, que atualmente exerce o quarto mandato como senador, já foi governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e vereador. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do Podemos. Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça.

 

Cabo Daciolo (Patriota)

O deputado federal foi o escolhido para concorrer às eleições pelo Patriota. Cabo Daciolo é bombeiro militar e já foi filiado ao PSOL, expulso em 2015, e ao Avante. Daciolo acredita que educação e segurança são essenciais para o crescimento do país e se diz contrário à legalização do aborto e ideologia de gênero. Também é a favor da redução da maioridade penal.

 

Ciro Gomes (PDT)

Em 1998 e 2002 Ciro concorreu pela presidência filiado PPS. Agora vai concorrer pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ciro Gomes já foi Ministro da Fazenda e da Integração. Também já foi deputado, prefeito e governador criando uma extensa carreira política.

 

Geraldo Alckmin (PSDB)

Médico e professor universitário, Geraldo Alckmin também diversificou atuações na política. Já foi deputado estadual, deputado federal e governou o estado de São Paulo. Geraldo defende a reforma política e promete “devolver a dignidade do brasileiro”.

 

Guilherme Boulos (PSOL)

Membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.

 

Henrique Meirelles (MDB)

Ex-Ministro da Fazenda, Henrique Meireles também presidiu o Banco Central do Brasil de 2003 a 2010. Meireles forca seus discursos na economia do país e destaca como prioridades o investimento em infraestrutura, saúde e segurança pública. Pretende também reforçar o Bolsa Família.

 

Jair Bolsonaro (PSL)

Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda privatizar estatais. Jair ainda enfrenta problemas para encontrar um vice para a candidatura.

 

João Amoêdo (Novo)

Com promessas de renovar a política e mudar o Brasil, João Amoêdo é candidato pelo Novo, partido que ajudou a fundar e presidiu até 2017. Segurança e educação são as principais pautas de Amoêdo, que busca também acabar com privilégios de algumas categorias. O candidato é favorável ao Estatuto do Desarmamento e defende a privatização de empresas estatais.

 

João Goulart Filho (PPL)

Filho do ex-presidente João Goulart, que teve o mandato interrompido pela ditadura militar, o candidato concorre pela primeira vez ao cargo. A redução drástica dos juros da dívida pública, para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, é uma das propostas de João Goulart Filho.

 

José Maria Eymael (DC)

Advogado e empresário, José Maria Eymael concorre pelo partido Democracia Cristã (DC). Já foi deputado federal pelo Estado de São Paulo por dois mandatos consecutivos. Eymael tem em sua visão de governo o foco na  macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio.

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Mesmo preso, devido investigação por um triplex no Guarujá, o ex-presidente foi oficializado candidato. Lula precisa, entretanto, ter decisão judicial favorável para que posso concorrer nas eleições. Lula conta com apoio do PCdoB, PROS e do PCO.

 

Marina Silva (Rede)

Candidata pelo Rede, Marina Silva promete uma campanha limpa e sem notícias falsas. Marina pretende dar importância as Reformas da Previdência, Tributária e política, acabando com a reeleição e incentivando candidaturas independentes.

 

Vera Lúcia (PSTU)

Oficializada pelo PSTU, a candidatura de Vera Lúcia prevê a reforma agrária e benefícios para os trabalhadores. A militante sindical promete redução da jornada de trabalho sem alterações no salário do trabalhador.

 

E cadê a Manuela ?

Manuela d’Avila estava confirmada como pré-candita a presidência da república, porém ao final das convenções partidárias abriu mão da candidatura para ser possível vice do ex-presidente Lula.

Entretanto não existe certeza se Lula poderá prosseguir com a candidatura até às eleições. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Caso Lula não consiga se candidatar, Manoela deve se tornar vice de Haddad.