08/10/2024, 08:00
A invisibilidade de Dona Yayá
por Felipe Lucchesi
Colunista: Felipe Lucchesi
Foto: Beto Garavello
Quantas pessoas têm a história de uma “vida invisível”?
Dona Yayá era herdeira, reclusa em um casarão no centro de São Paulo, capital, devido a desequilíbrios psiquiátricos e agora, sua história ganha os holofotes do teatro no espetáculo: “Um tempo chamado Yayá” com texto e direção de Patrícia Teixeira e elenco composto por: Alana Carvalho, Gabriela Pietro, Gislaine Mendes, Janaína dos Reis, Lia Xavier, Sandra Crobelatti, Silvia Fuller e Wash Peinado.
O processo colaborativo contou com as atrizes da Cia. Coexistir de Teatro e vale ressaltar que o elenco interpreta diferentes fases da vida de Dona Yayá, incluindo personagens como sua madrinha, cuidadoras, enfermeiro e professor.
A peça estreia dia 11 de outubro, na Casa de Cultura Dona Yayá, onde Dona Yayá ficou presa – um casarão preservado no centro da cidade de São Paulo, que carrega histórias sobre o passado da saúde mental e seus impactos culturais. A temporada segue até 22 de novembro, sempre às sextas-feiras, às 20h.Também serão realizadas sessões no Teatro Paulo Eiró e CAPs Itapeva.
A obra destaca a importância de discutir a doença mental considerando o contexto cultural e social, ressaltando a importância do papel das mulheres na necessidade da transformação de estigmas e desigualdades.
A narrativa tem um conduzir itinerante: cada cômodo representa uma parte de sua memória, dividida em temas específicos: infância marcada por perdas, adolescência caracterizada pela solidão, e a fase adulta, explorada em duas vertentes – a busca pela liberdade e autonomia, a experiência da doença, o confinamento, a partir de um olhar sensível sobre o resgate da identidade de Yayá.
As cenas são apresentadas simultaneamente em cada cômodo, interligadas por tempos distintos. Ao mesmo tempo, uma monitora que está no tempo presente atua como narradora das memórias e da casa onde ficou confinada, propondo questionamentos sobre a história de Yayá e de tantas outras mulheres internadas em manicômios.
Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção Geral: Patrícia Teixeira.
Elenco: Alana Carvalho, Gabriela Pietro, Gislaine Mendes, Janaína Reis, Lia Xavier, Sandra Crobelatti, Silvia Fuller e Wash Peinado.
Preparação Corporal: Gislaine Mendes.
Preparação Vocal: Fernando Gabriel.
Iluminação: Beato Ten Prenafeta.
Iluminador assistente: Jackson Oliveira.
Figurinos e Adereços: Wilson Ranieri.
Caracterizador: Beto França.
Comunicação Digital: ho.ko Comunicação.
Designer: Lucas Sancho.
Direção de Produção: Amanda Leones.
Produtor assistente: Ana Botelho.
Fotografia:Beto Garavello.
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli.
Contabilidade: JRC Assessoria Contábil.
Produção Administrativa: Luana Costa.
Produção Geral: Versa Cultural.
Apoio Cultural:Essências e Cia.
Idealização: Cia. Coexistir.
Realização: Somah e Governo do Estado de São Paulo.
Serviço
Um Tempo chamado Yayá
Duração: 1h30
Classificação: 14 anos
Entrada gratuita – reserva de ingressos pela Sympla
Estreia dia 11 de outubro, sexta, às 20h, na Casa de Cultura Dona Yayá
Casa da Dona Yayá
Temporada: De 11 de outubro a 22 de novembro – Sextas-feiras, às 20h.
Aviso: Não haverá sessão no dia 15/11 – Feriado.
(Rua Major Diogo, 353 – Bela Vista/Bixiga – São Paulo-SP)
Teatro Paulo Eiró
Curta temporada: De 29 de novembro a 1º de dezembro – Sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP
CAPs Itapeva
Apresentação única: 22 de novembro, às 18h
Rua Carlos Comenale, 32, Bela Vista, São Paulo-SP
Tags: em cartaz, espetáculo, estreia, Felipe Lucchesi, Jornal Alô Brasília, São Paulo, Teatro