07/09/2023, 08:52
A Verdadeira Independência do Brasil
Sete de setembro de 1822.
Às margens do Ipiranga, Pedro I (1798-1834) dá o famoso brado: “Independência ou morte!”
É o que aprendemos no colégio.
Mas o Brasil ficou realmente livre?
Não é preciso ir à escola para responder. Sabemos quantos passos nos faltam até que alcancemos a libertação de todas as etnias da miséria material, mental e espiritual. Enquanto houver penúria na casa de um brasileiro, a Independência não terá sido integralmente realizada.
Geratriz do progresso
O grande erro dos muitos dirigentes dos povos tem sido ignorar, à beira do terceiro milênio (estávamos em 1986), que o Evangelho e o Apocalipse de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, têm as soluções para os problemas modernos. A Boa Nova do Senhor da Terra fala ao ser humano e ao seu Espírito Eterno. E ele é a geratriz do progresso. Sem a criatura humana não há o trabalho nem o capital. Mesmo com o crescimento do poder tecnológico, mudando os empregos de feição, como ocorreu, por exemplo, na primeira e na segunda revoluções industriais — a do carvão e a da eletricidade —, não cessará a demanda por serviço.
A riqueza de um país está no coração do seu povo. No entanto, nações inteiras ainda sofrem miséria… Convém lembrar que barrigas famintas e espíritos frustrados geralmente não estão dispostos a ouvir. O escritor e político brasileiro José Américo (1887-1980), numa hora de amargor, declarou: “Escândalo é morrer de fome em Canaã”. E Santo Ambrósio (340-397), mentor de Santo Agostinho (354-430), asseverava: “Se possuis grandes riquezas e teu irmão passa fome, és ladrão. E se o necessitado morre, és assassino”.
Numa época em que pelo avanço da tecnologia as expectativas extrapolam as projeções, a fome é realmente um escândalo! Não só a do corpo, como também a de conhecimento, isto é, Educação espiritualizada, sem a qual nenhum povo é forte. Anacronicamente, nunca o mundo conheceu, por um lado, tanta fartura e, por outro, tamanha penúria. E isto poderá arrastar o planeta mais uma vez à guerra (e não me refiro a uma batalha qualquer, dessas que a todo instante explodem, levando dor e sofrimento a populações localizadas).
Economia da Solidariedade Espiritual e Humana
Falta Solidariedade à Economia, conforme declarei ao lançar, ainda na década de 1970, a Economia da Solidariedade Espiritual e Humana, parte vital componente da Estratégia da Sobrevivência (…).
Os impedimentos de ordem interna são mais prejudiciais ao progresso de um povo que os de natureza externa.
Como pregava o saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), tanto a liberdade quanto a escravidão nascem do Espírito Eterno do ser humano. Daí a advertência do Cristo quanto à liberdade que apenas é alcançada pelo Conhecimento da Verdade Divina (Evangelho, segundo João, 8:32).
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com