20/04/2021, 17:25
Ações para evitar o consumo de tabaco nas unidades prisionais
Com o objetivo de ter um ambiente livre do fumo dentro das unidades prisionais do Distrito Federal, a Gerência de Saúde do Sistema Prisional, em parceria com a Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, tem feito diversas ações de controle do tabagismo desde 2017.
De acordo com Simone Kathia de Souza, gerente de Saúde no Sistema Prisional, o trabalho dentro das unidades foi intenso e vários desafios foram superados. Foram utilizadas as seguintes estratégias: levantamento epidemiológico e aplicação do teste de Fagerstrom, que mede o grau de dependência em relação à nicotina; e capacitações aos trabalhadores do sistema com elaboração de Procedimento Operacional Padrão em cada equipe.
Além disso, outras estratégias foram adotadas, como o manejo de grupos de controle do tabagismo com protocolo adaptado ao sistema prisional; seminários intersetoriais com periodicidade anual; redução gradual de venda dos cigarros e separação de alas livre de tabaco; e atividade educativa com visitantes.
Com a pandemia foi necessário interromper as reuniões presenciais, porém a equipe técnica do tabagismo continuou alertando sobre os riscos de agravamento da doença em tabagistas e, também, sobre o risco de contaminação por compartilhamento de cigarros entre os internos.
“O empenho da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) e dos diretores das unidades prisionais merece ser reconhecido nesta empreitada de retirada gradual de cigarros no Sistema Prisional, iniciado na Penitenciária do Distrito Federal I (PDFI), que foi a primeira unidade prisional do DF a conquistar o ambiente livre de fumo, em janeiro de 2020”, afirma Simone Kathia de Souza.
Segundo a gerente de Saúde no Sistema Prisional, é necessário comemorar a conquista do encerramento da comercialização ou entrada de quaisquer tipos de produtos fumígenos nas unidades. A abordagem do fumante para a cessação de fumar segue um protocolo validado pela Portaria nº 761 de 21/06/16 do Ministério da Saúde, que, por sua vez, baseou-se em estudos científicos internacionais.