11/10/2023, 12:30
Ainda dá tempo de se preparar para o Enem?
O Enem, Exame Nacional do Ensino Médio 2023, está próximo. Nessa reta final é comum que os estudantes se perguntem o que falta e como aproveitar o tempo até a prova. Este ano, a avaliação acontecerá em dois domingos, 5 e 12 de novembro, ou seja, faltam menos de um mês para aplicação do exame, que conta com questões de diversas áreas do conhecimento.
O que estudar? Como definir as prioridades? Daniel Magalhães, professor de história do Colégio Objetivo DF, ressalta que o primeiro passo é absorver o conteúdo. Para isso, o aluno deve criar maneiras de memorizar o que foi passado em sala e entender como aprofundar e se apropriar da matéria.
“Meus alunos gostam de tudo um pouco, tem os que preferem mapas mentais, tópicos, slides, escrita no quadro, separação de temas por cor de caneta, e, outros que apenas prestam atenção nas aulas. Então é preciso que o estudante defina como quer seguir”, aponta Magalhães.
O educador reforça que chegou o momento de priorizar a resolução dos exercícios. “Nessa reta final, os materiais já foram apreendidos, revisados e agora é preciso cronometrar o tempo gasto com as provas, com cada questão”, aponta. Segundo ele, é crucial que o aluno treine provas de anos anteriores, começando assim a preparar o psicológico também e não apenas o conteúdo.
O docente continua: “é crucial manter a calma e controlar a ansiedade, afinal é uma prova cansativa”. Conforme Daniel, é importante também manter a rotina, praticar exercícios físicos e se alimentar de maneira saudável. Além de checar o local da prova com antecedência e se hidratar bem.
Os pais também precisam estar atentos. De acordo com o professor de história, não é o momento de cobrança, mas sim, de amparo emocional e psicológico para evitar ansiedade e nervosismo.
A estudante Nathalia Moreira Boaventura, 18, está nervosa, mas conta com o suporte e ajuda da mãe, a auditora hospitalar Leyla Boaventura. Ela pretende cursar Medicina e, para isso, reforça os estudos em aula, com simulados, provas antigas e planejamento de estudo.
“Além das anotações, uso uma técnica chamada recall em conjunto com lista de questões. É basicamente fazer um resumo em voz alta do conteúdo, que dura de 1-3 min no final do dia, ou quando eu termino a sessão de estudo”, comenta Nathalia.
Leyla complementa: “buscamos um tempo de qualidade para além dos estudos. Também aconselho que ela medite em algum momento do dia e ao final do estudo, tomamos revisão de tudo que foi anotado e ela explica de volta”, conclui Leyla.
Gustavo Sales, 17, também se prepara para a carreira médica. Ele relata que concilia os conteúdos da escola com a realização de simulados. “Tenho focado muito em exercícios, porque é importante analisar a forma como o conteúdo é cobrado e não só o conteúdo”, destaca. Esta não é a primeira vez do estudante no Enem. Conforme o adolescente, ano passado ele realizou a prova, com resultados positivos, principalmente em matemática.
“Sinto um certo nervosismo, mas acho que é algo natural de todo estudante porque o Exame pode mudar meu futuro e com a preparação adequada, a confiança aumenta e o nervosismo acaba sendo controlado”, afirma. Para fugir da rotina cansativa, Sales se reúne com os amigos uma vez por semana. “Vamos ao cinema, comer fora, jogar futebol, fazer alguma atividade. Isso me ajuda a aliviar a ansiedade e não deixar o processo tão intenso e cansativo”, finaliza.
E os aulões? Podem ajudar?
O especialista afirma que sim, pois são momentos de descontração, socialização e retomada e troca de conteúdos. “Eles são fundamentais nessa altura, para um respiro da sala de aula e para reforçar conhecimentos adquiridos ao longo do ano”.
Ele destaca alguns conteúdos de história a serem monitorados:
– Bicentenário da assembleia constituinte 1823
– Bicentenário da Independência do Brasil – 200 – 1822 comemorado ano passado
– Bicentenário ano que vem da constituição de 1824, primeira do Brasil
– Grito do Ipiranga
– Centenário da Semana de Arte Moderna – ano passado
– Descolonização da África, das regiões do sahel
– Guerra fria
– Guerra Rússia e Ucrânia – expansão territorial
– Fortalecimento dos Brics
– Antigos reinos africanos, trazendo contexto do continente para os dias atuais
– Marco temporal
– Questões trabalhistas