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18/09/2019, 07:17

Audiência Pública da CLDF debate situação dos catadores

Além de reconhecer a importância da atuação dos catadores de materiais recicláveis para o meio ambiente, incluindo questões sanitárias, bem como para a própria economia do Distrito Federal, uma audiência pública da Câmara Legislativa colocou frente a frente representantes de diversos órgãos públicos e trabalhadores desse setor, que estão reunidos em cooperativas. A ideia dos deputados Arlete Sampaio (PT) e Leandro Grass (Rede) foi buscar soluções para os diversos problemas que afetam a categoria, especialmente, desde o fechamento do Lixão da Estrutural.

Entre os encaminhamentos que serão observados, a partir de sugestões dos próprios catadores, estão a ampliação das contratações, pelo GDF, de cooperativas que fazem a coleta de resíduos sólidos para ampliar a coleta seletiva; garantir a retirada “com dignidade” dos trabalhadores de áreas de transbordo – como são chamados os locais intermediários entre os geradores de resíduo e o destino final – em Sobradinho; e ainda a realização de mais ações de educação ambiental.

Durante o debate, foi denunciado que empresas privadas que prestam serviço de coleta têm ameaçado fazer desaparecer os materiais que estão sendo objeto de um processo de triagem pelos catadores cooperativados em Sobradinho. “Incineração além de ser crime, fere o princípio da parceria entre o governo e as cooperativas”, condenou Grass, sendo apoiado por sua colega Arlete Sampaio.

Ela também apontou outras preocupações: “Os galpões de triagem ainda estão em número inadequado e, nas residências, falta conhecimento sobre a coleta seletiva, misturando-se o material orgânico com o reciclável”. A parlamentar citou ainda a falta de empresas para tratar do vidro. “Temos de encontrar saídas para a situação dos trabalhadores”, declarou.

Por sua vez, o deputado Leandro Grass elogiou os catadores a quem chamou de “grandes defensores do meio ambiente”, destacando que a atuação deles contribui para reduzir os impactos nos aterros sanitários e nas próprias cidades. “Por isso tudo o que eles realizam falta-lhes reconhecimento e visibilidade”, afirmou, sugerindo que a próxima campanha publicitária da CLDF verse sobre a reciclagem e a coleta seletiva.