Por: Arthur Queiroz

Em evento realizado ontem (27), na residência Austríaca em Brasília, foi assinado o acordo de financiamento com a ONU Mulheres para o projeto “Liderança: mulheres brasileiras e uma abordagem transformadora de gênero para a justiça climática”.

O objetivo da doação é mudar a sub-representação de mulheres e meninas na promoção da justiça climática em todos os níveis e em todos os setores, desde a comunidade até o planejamento federal, no setor público e no financiamento climático.

O governo Austríaco pretende aumentar a participação de mulheres indígenas na COP30 e influenciar as decisões relacionadas ao clima no desenvolvimento, na implementação e na atualização de políticas, planos, estratégias e medidas climáticas em todos os níveis.

– Esses esforços são significativos, pois as organizações de mulheres indígenas conseguiram levar suas reivindicações e preocupações sobre direitos humanos em órgãos e fóruns de tratados internacionais, fazendo com que as vozes dessa comunidade excluída fossem ouvidas em nível internacional, disse o Embaixador da Áustria no Brasil, Dr. Stefan Scholz.

Um país amigo, discreto e que sabe fazer bons negócios.

As relações entre o Brasil e a Áustria são amigáveis desde o século XIX, em 1817, a arquiduquesa austríaca Dona Leopoldina casou-se com o príncipe herdeiro Dom Pedro, da casa real Bragança de Portugal. Em 1825, as relações diplomáticas foram estabelecidas. Em 1952 o Brasil tentou com uma iniciativa da ONU promover a celebração do Tratado do Estado Austríaco. 

Nos últimos anos, as relações bilaterais apresentaram uma intensificação muito positiva. Um sinal disso foi o intercâmbio de visitas de alto escalão, em nível de presidentes respectivamente de governo, assim como de ministros das relações exteriores. 

As relações econômicas entre os dois países têm crescido nos últimos anos. Desde 2003, o volume de comércio bilateral mais que triplicou.

O Brasil tornou-se o quarto maior mercado ultramar para a economia austríaca com mais de 46% do total da América Latina. 60% das exportações austríacas para a América do Sul vão para o Brasil, onde empresas austríacas estão presentes com mais de 170 filiais. 

Cerca de 5.000 austríacos residem no Brasil, uma boa parte deles de famílias que vivem aqui há gerações. Os primeiros emigrantes austríacos chegaram ao Brasil já em meados do século XIX.