02/04/2020, 09:40
Balança comercial tem superávit de US$ 4,71 bilhões em março
Apesar da queda nas exportações, a balança comercial fechou março com o menor saldo positivo em três anos. No mês passado, o Brasil exportou US$ 4,713 bilhões a mais do que importou. O resultado é 9,7% superior em relação ao superávit de US$ 4,296 bilhões registrado em março do ano passado.
No mês passado, o país exportou US$ 19,239 bilhões, queda de 4,7% em relação a março do ano passado pelo critério da média diária. As importações somaram US$ 14,525 bilhões, com recuo de 4,5% também pela média diária.
Com o resultado de março, a balança comercial acumula superávit (exportações menos importações) de US$ 6,135 bilhões nos três primeiros meses do ano, com recuo de 33,1% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o superávit tinha atingido US$ 9,025 bilhões. O acumulado do ano ainda está influenciado pelo mês de janeiro, quando a balança registrou déficit de US$ 1,674 bilhão.
Nos três primeiros meses do ano, as exportações somaram US$ 50,095 bilhões, retração de 3,7% em relação ao mesmo período de 2019 pela média diária. As importações totalizaram US$ 43,960 bilhões, com alta de 2,6% na mesma comparação. Isso explica a retração no saldo deste ano.
Exportações
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, os principais produtos que tiveram queda nas exportações no mês passado foram milho, com recuo de 51,1% em relação a março do ano passado, celulose (-32,1%) e aeronaves e componentes de aeronaves (-22%). Em compensação, cresceram as vendas de açúcares e melaços (+36,4%), carne bovina (+27,1%) e petróleo bruto (+13%).
Apesar da queda média de 9,9% na cotação internacional do barril em março, o volume de petróleo embarcado aumentou 25,4%, resultado no aumento de 13% no valor exportado pelo Brasil.
Em relação aos setores da economia, a agropecuária puxou as exportações no mês passado, com crescimento nas vendas de 6,8% em relação a março de 2019. As vendas da indústria extrativa (categoria que inclui minerais) caíram 4%. Afetadas principalmente pela crise na Argentina, as exportações da indústria de transformação recuaram 9,8% na mesma comparação.