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08/08/2022, 13:46

Carinho dos fãs não pode dar margem para falta de educação

por Felipe Lucchesi

Colunista: Felipe Lucchesi

O episódio ocorrido durante o show do cantor Roberto Carlos(quando fãs afoitos foram para a frente do palco antes da última música) abriu parênteses muito importante e necessário quando o assunto é fãs e se relaciona com shows.
Até que ponto é carinho dos fãs e até que ponto esse carinho dá margem para falta de educação?
Inúmeras confusões estão ocorrendo por conta desse motivo e recentemente pude testemunhar uma.
Durante o show da cantora Maria Rita, domingo(7) no Sesc Pinheiros, em São Paulo, capital, fãs já se acumulavam do lado direito da plateia, perto do palco, ansiosos para a última música, mas um detalhe importante de ressaltar é que não estava nem próximo do momento da última música.
O flash de um celular estava ligado, uma mulher fazia live aos seus seguidores no Instagram, um senhor queria uma foto com a cantora, ali, em pleno espetáculo.
O tumulto já estava formado: a cantora desconfortável em cima do palco, os seguranças não tendo respaldo para impedir a situação, podendo ocasionar mais confusão ainda e o público, inconformado com tamanha falta de respeito, não somente com a artista, mas com os demais fãs, que pagaram para estar ali, cada um na sua cadeira, assistindo ao show, sem tumulto, sem confusão.
É compreensível a adrenalina que um show gera em cada pessoa, mas não podemos naturalizar a falta de empatia e de educação.
Tais atitudes podem “virar costume” e tornarem-se extensão de outros eventos, como por exemplo, no teatro(antes do elenco agradecer ao público). Já pensou?
Atento à minha sensibilidade, posso prever que casas de shows, querendo lucrar e ao mesmo tempo, impedir tais confusões, vão começar a cobrar(além do ingresso) a parte da frente do palco (em eventos com cadeiras marcadas), para espectadores correrem e terem acesso apenas nas últimas músicas. Só faltava essa, não é mesmo?!

Crédito – Foto(capa) – Felipe Lucchesi

 

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