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03/02/2024, 17:39

Centro de Operações de Emergência contra a dengue

Coordenado com estados e municípios, o Ministério da Saúde inicia, neste sábado (3), os trabalhos do Centro de Operações de Emergência contra a dengue e outras arboviroses. Hoje, a pasta apresenta a estrutura, que funciona como um ponto focal nacional para coleta e análise de dados, produção de relatórios e divulgação de informações por meio de boletins e informes epidemiológicos. O COE Dengue foi anunciado na última quinta-feira (1º), durante a Comissão Intergestores Tripartite (CIT). 

O COE Dengue é composto por membros de todas as secretarias do Ministério da Saúde, sendo 10 deles da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). Cabe ao grupo, entre outras atribuições, planejar e orientar as medidas a serem empregadas para o enfrentamento da doença e encaminhar à ministra da Saúde, Nísia Trindade, relatórios técnicos sobre a situação epidemiológica e ações de resposta. 

O Ministério da Saúde coordena, desde 2023, uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses no território nacional e reforça que o momento é de intensificar os cuidados e unir esforços de toda a sociedade e dos gestores públicos para prevenção e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Essa é a principal forma de evitar transmissão e novos casos da doença. A instalação do COE Dengue é mais uma medida do governo federal para assegurar e aprimorar a vigilância. 

O COE é uma estrutura organizacional para gestão de emergências em saúde pública e opera como uma unidade coordenadora que facilita e agiliza a tomada de decisões para ação e comunicação. Reuniões diárias são realizadas com o objetivo de monitorar a situação epidemiológica e as ações de resposta à emergência em curso. Como resultado desse trabalho, informes diários, semanais ou mensais são divulgados, mantendo autoridades e profissionais de saúde, gestores e a população atualizados. 

Nesta semana, a ministra Nísia Trindade participou da reunião da Sala Nacional de Monitoramento de Arboviroses, juntamente com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e gestores de saúde do Distrito Federal e de Goiás. Ela também visitou uma tenda de atendimento para casos suspeitos de dengue em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal a 31km de Brasília. Em ambas as oportunidades, Nísia reforçou que o combate à dengue está concentrado no controle dos focos do mosquito transmissor e que SUS tem condição de cuidar das pessoas, evitar o agravamento e as mortes por dengue. 

Em 2024, até o momento, o Brasil registrou 262.247 casos prováveis de dengue, sendo 52.660 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a 6/1), 64.881 na semana 2 (7 a 13/1), 85.094 casos prováveis de dengue na semana 3 (14 a 20/1) e 59.612 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4). Os dados são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. 

Pacote de estratégias para combater o avanço das arboviroses

Com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, e diante do alerta emitido pela OMS sobre o aumento das arboviroses em razão das mudanças climáticas ocasionadas pelo El Niño, o Ministério da Saúde coordenou uma série de atividades preparatórias para a sazonalidade de 2024. 

Em novembro, como parte das ações de comunicação regionalizada, o Ministério da Saúde lançou novas campanhas de mobilização social, voltadas à realidade de cada região do país e peculiaridades desse cenário epidemiológico. Em dezembro, foi instalada a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência das doenças. Com a medida, é possível direcionar as ações de vigilância de forma estratégica nas regiões mais afetadas.