11/04/2021, 18:58
China quer trabalhar com o Brasil para promover parceria estratégica
O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse neste sábado (10) que a China quer trabalhar com o Brasil para promover sua parceria estratégica abrangente a fim de continuar fazendo novo progresso.
Wang fez o comentário em uma conversa por telefone com Carlos Alberto Franco França, ministro das Relações Exteriores do Brasil.
Ao parabenizar França por sua nomeação como ministro das Relações Exteriores, Wang disse que como grandes países em desenvolvimento, representantes das economias emergentes e parceiros no Brics, a China e o Brasil são forças importantes impulsionando a multipolarização do mundo e compartilhando interesses comuns extensivos e estreitos.
A China, segundo Wang, sempre valoriza e desenvolve as relações com o Brasil de uma perspectiva estratégica de longo prazo, colocando o Brasil em uma das direções de prioridade para seus laços estrangeiros.
Após o surto da pandemia da covid-19, a China e o Brasil têm combatido a pandemia com solidariedade e superado as dificuldades juntamente. Apesar da tendência adversa, a cooperação pragmática tem crescido, com progresso estável em muitos projetos grandes, o que reflete completamente a forte resiliência da cooperação dos dois países, disse Wang.
Ao indicar que o vírus é o inimigo comum da humanidade, Wang disse que atualmente a pandemia no Brasil e outros países na América Latina está ainda muito severa.
A China se compadece com o Brasil e apoia firmemente os esforços do governo brasileiro para conter a pandemia e restaurar sua economia, disse Wang, acrescentando que a China, dentro de sua capacidade, quer continuar com a cooperação de vacina com o Brasil para satisfazer sua necessidade urgente.
Ele disse que as economias da China e do Brasil têm vantagens complementares óbvias e grande potencial de crescimento, e que a cooperação é de interesse fundamental dos dois países e povos.
Os dois lados devem promover o crescimento estável do comércio bilateral e expandir ativamente a cooperação em 5G, economia digital, inteligência artificial e outras áreas. Acredita-se que o Brasil fornecerá um ambiente de negócio justo e aberto para as empresas chinesas operando no país, disse Wang.
Ao destacar que a China e o Brasil buscam políticas estrangeiras independentes e respeitam a soberania e integridade territorial um do outro, Wang pediu que os dois países continuem a se entender e a se apoiar nos assuntos relacionados com seus interesses fundamentais respectivos.