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18/06/2020, 13:20

China reconhece falta de higiene de seus mercados e pede reformas urgente

A China salientou nesta quinta-feira a “necessidade urgente” de melhorar a higiene em seus mercados atacadistas e cadeia de abastecimento alimentar após o novo surto de Covid-19 detectado em Pequim, que até agora deixou 158 infectados.

Desde a última terça-feira, Pequim aumentou o nível de resposta de emergência do novo coronavírus na tentativa de conter a disseminação maciça do surto, que eclodiu há uma semana no principal mercado atacadista de Xinfadi.

Segundo a Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista da China (PCC) em um relatório publicado em seu site, “há uma necessidade urgente do país melhorar os padrões de saneamento e minimizar os riscos à saúde nos mercados”.

“A epidemia é um espelho que não apenas reflete o aspecto sujo e desorganizado dos mercados atacadistas, mas também mostra o baixo nível de sua administração”, diz o relatório.

O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez no mercado de frutos do mar de Huanan, na cidade de Wuhan, enquanto em Pequim, o surto foi encontrado em Xinfadi, que cobre uma área de 112 hectares, possui 1,5 mil funcionários e mais de 4 mil proprietários de barracas.

“A maioria dos mercados foi construída há 20 ou 30 anos, quando a drenagem e tratamento de esgoto eram relativamente subdesenvolvidos”, acrescenta a agência.

Resta saber se o país tomará medidas decisivas para melhorar a higiene neste tipo de estabelecimento e nos chamados mercados subterrâneos e semi-subterrâneos, espaços fechados e úmidos onde quase não há ventilação.