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16/08/2020, 21:34

China se mantém como principal contribuinte para superávit

A China foi a principal fonte de contribuição para o superávit da balança comercial do Brasil, com importações de US$ 4,5 bilhões em julho e de US$ 21,9 bilhões no acumulado do ano até julho. 

Nos primeiros sete meses do ano, houve também saldo positivo com a América do Sul, de US$ 3,2 bilhões, enquanto que com a União Europeia ficou em US$ 1,6 bilhão.  Embora tenha apresentado superávit na balança comercial com os Estados Unidos no mês de julho, não foi suficiente para reverter o déficit de US$ 3,1 bilhões acumulado no ano até julho.  Os dados estão no Boletim de Comércio Exterior (Icomex) divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo o Ibre, a participação da China nas exportações e nas importações brasileiras superou a dos principais parceiros no acumulado do ano até julho. Nas exportações, a participação da China alcançou 34,1%. A União Europeia, que ficou em segundo lugar, atingiu 13,4%.

De acordo com o Icomex, na análise da participação do comércio por grandes regiões, a Ásia responde por quase 50% das exportações brasileiras, a Europa por 18,7%, a América do Norte, 12,6%, e América Latina, 11,2%. 

“Esse resultado para a Ásia e a China não é uma questão conjuntural. A ascensão da participação da China iniciada em meados da primeira década dos anos 2000 tem sido contínua e acompanhada de um aumento das commodities na pauta exportadora”, diz o Boletim.

O saldo da balança comercial de julho ficou em US$ 8,1 bilhões, que é o maior na série histórica do mês de julho. Com o resultado, o superávit acumulado nos sete primeiros meses do ano atingiu US$ 30 bilhões.