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22/02/2021, 14:28

Codeplan é criticada por excluir homo e bissexuais de pesquisa

Ativistas LGBT do Distrito Federal estão em pé de guerra contra a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). O órgão divulgou que não incluirá pergunta sobre orientação sexual na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, que será aplicada em 35 mil moradias nos próximos meses. 

A Pdad é o principal levantamento de dados realizado pelo Governo do Distrito Federal e inclui dados tais como tipo de moradia, etnia, gênero, idade, classe social e muitos outros dados da população.

O movimento ativista ao mesmo tempo que elogia o fato inédito de identidade de gênero ter sido adicionada ao questionário, o que dará base para saber quantas pessoas transexuais e travestis há na capital, critica a negativa do órgão de perguntar se os indivíduos pesquisados e quem mora com eles são homossexuais ou bissexuais.

Coletivos LGBT explicam que tirar a orientação sexual da Pdad é impedir elaboração de políticas públicas para o segmento em saúde, moradia, segurança pública e educação, por exemplo, nos próximos anos.

Haverá um questionário adicional aplicado pela Codeplan e de preenchimento não obrigatório sobre a questão LGBT, mas que não é tão abrangente quanto a Pdad, também apontam ativistas. 

Uma contradição foi apontada nas críticas: há pergunta sobre quantos cachorros e gatos há nas residências que serão pesquisadas, mas não haverá questionamento sobre a quantidade de homo e bissexuais. 

Um dos documentos que estão sendo usados para pressionar a Codeplan a rever a decisão é projeto de lei do senador gay Fabiano Contarato (Rede-ES) que obriga o IBGE a ter questões sobre orientação sexual e identidade de gênero. Haverá também denúncias em órgãos de direitos humanos locais e nacionais.