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13/06/2022, 21:17

Com apoio de R$ 11 milhões do GDF, escolas de samba se preparam para 2023

O Carnaval é uma das pautas prioritárias em andamento na Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), tendo em vista que se trata de setor estratégico abalado nos últimos dois anos em função da covid-19. Dois projetos complementares entre si movimentam essa potente cadeia criativa: o Edital de Apoio das Atividades Carnavalescas Permanentes, que disponibilizou R$ 3,45 milhões para que os carnavalescos retomassem as ações em modo virtual, e a Escola de Carnaval, com um aporte de R$ 1,5 milhão, destinado a programa de capacitação. Em paralelo, o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) destinou, no Edital Brasília Multicultural 1 de deste ano, R$ 6,4 milhões à linha de apoio Jeito Carnavalesco, para premiação de ao menos 77 projetos envolvendo atividades carnavalescas de rua e de escolas de samba. Um dos premiados vai organizar o desfile das escolas de samba em 2023, com aporte de R$ 1 milhão. “O Carnaval é o espelho do povo, e o Distrito Federal, a confluência do país. Ainda no começo desta gestão, houve a percepção de que não bastava voltar com os desfiles sem um preparo, sem uma organização ou articulação do setor. 

Depois de muitas escutas e diagnósticos, muitas visitas aos barracões, depois de conversar com gestores, a Secec entendeu que o caminho tinha que ser pela formação e profissionalização de toda a cadeia produtiva do Carnaval”, explica o secretário de Cultura e Economia e Criativa, Bartolomeu Rodrigues. No primeiro projeto, o resultado foi impressionante: 4,5 mil empregos diretos e indiretos gerados, com um apoio a 1,5 mil agentes culturais, sendo 80% de negros e, em sua maioria, de comunidades para além do Plano Piloto. São públicos específicos e, muitas vezes, vulneráveis, como o LGBTQIA+ e as mulheres.

 A ideia era de que esses recursos fossem utilizados pelas escolas e blocos para fomentar pequenos eventos, pagar recursos humanos e contas atrasadas e, assim, ganhar novo fôlego. “É uma retomada, porque o DF tem um público de carnaval desde sua criação. Então, é um esforço de rearticulação, da volta desse público para ele sentir que sua escola está voltando e as comunidades também irem voltando para o barracão”, conta a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes. Para o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do DF (Liestra), Hélio dos Santos, o resultado foi animador. “Brasília estava sentindo falta dessas atividades; mesmo nas lives foi um trabalho bom. Foi o que possibilitou que as escolas se estruturassem e fizessem apresentações depois de tanto tempo, levando ao mundo todo o carnaval do DF”, comemora ele. “