Há pouco mais de dois anos na Rússia, a jornalista e fotógrafa brasileira Carolina Tulim foi selecionada para expor suas fotografias na Russian Academy of Arts, sediada em Moscou. A instituição de arte é a mais antiga da Rússia e a mostra coletiva, em cartaz em novembro. Com curadoria de Grigory Bogomolny, a exposição inclui artistas de nove países, com diversos formatos e técnicas, em especial, pintura e fotografia. 

As cinco peças de Carolina selecionadas para a exposição apresentam ao público seu olhar da mais recente viagem que fez, à Ásia Central. “Os povos com raízes nômades do Quirguistão, a belíssima arquitetura islâmica do Uzbequistão e toda a riqueza imaterial destes povos estarão lá”, explica a jornalista. 

Participam da mostra representantes do Brasil, Itália, Vietnã, Malta, Iêmen, Guatemala, Tajiquistão, Brunei e Paraguai. Fundada em 1757, a Academia Russa de Artes é considerada a mais antiga e importante escola superior deste segmento no país. A exposição fica na galeria do respeitado artista russo-georgiano Zurab Tsereteli, e é uma das mais importantes e concorridas de Moscou.

Sentidos aguçados

A jornalista Carolina Tulim, natural de Santa Catarina, cursou Comunicação Social na PUC-GO, em Goiânia, e trabalhou em veículos de imprensa, como o Diário da Manhã e  Jornal de Brasília. Também atuou na assessoria de imprensa no Congresso Nacional. A paixão por fotografia começou na infância, quando manuseava despretensiosamente a antiga câmera Pentax de seu pai, que na juventude também havia sido fotógrafo. 

Casada com o diplomata Bruno Quadros e Quadros, a jornalista já viajou para mais de 40 países nos últimos anos e pôde, nesse processo, aguçar seus sentidos e conectar-se a diferentes povos e culturas, em alguns dos lugares mais inóspitos do planeta, que considera  “uma matéria prima e tanto para belas imagens”.