19/07/2020, 14:41
Como acolher uma criança em um lar provisório
Oficializada em 2018, a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com o Grupo Aconchego, por meio do qual se desenvolve o programa Família Acolhedora, começou a dar frutos em 2019, quando a instituição passou a oferecer palestras de capacitação às famílias interessadas em acolher uma criança.
A procura é grande, mas nem todos se sentem capazes de atender os critérios determinados e chegar ao final do processo. “Já recebemos 50 pessoas interessadas em participar do projeto, mas esse número foi caindo ao longo da formação até que chegássemos a sete famílias aptas e habilitadas a atender o que se pede”, explica a psicóloga Júlia Salvagni, e coordenadora técnica de acolhimento familiar.
A instituição estuda a intenção de cada família inscrita, que passa por um curso de formação de seis etapas. Na última fase, recebem uma visita técnica em casa, que avalia as condições de estrutura e espaço que servirá de lar temporário para a criança.
Todos os meninos e meninas que precisam se afastar dos pais ou responsáveis temporariamente são encaminhados à Sedes pelo Conselho Tutelar, por meio de uma determinação emergencial da Vara de Proteção da Infância e da Juventude do DF.
Qualidade de vida
O Brasil é signatário da Organização das Nações Unidas (ONU) de promover o acolhimento familiar com atenção à primeira infância. O Distrito Federal conta, hoje, com 18 famílias aptas a participar dessa roda de proteção criada pelo Estado. Dessas, 14 já receberam meninos e meninas – algumas, mais de uma vez –, sendo que quatro famílias se capacitaram recentemente. Atualmente, oito menores estão em processo de acolhimento.
Secretária de Desenvolvimento Social do DF, Mayara Noronha Rocha ressalta que o cuidado e a atenção que as famílias acolhedoras dão para às crianças vão fazer a diferença na história de vida delas quando crescerem. Ela antevê “qualidade de vida e um futuro melhor” para essas crianças.