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09/01/2020, 00:35

Cresce a venda irregular de marmitas no Distrito Federal

De um lado, estão empresários que pagam impostos, geram empregos e mantêm restaurantes fiscalizados intensamente pelo Estado. De outro, estão vendedores irregulares que comercializam marmitas sem nenhum tipo de segurança alimentar garantida, não geram receita para o Distrito Federal e tampouco são alvos de uma fiscalização permanente. A concorrência é tão predatória que às vezes chegam a se formar filas de carros estacionados em frente a prédios e setores comerciais da cidade. Os marmiteiros abrem os automóveis e começam a vender suas mercadorias livremente. No fim do dia, essa prática clandestina já se alastrou pela capital federal e hoje é a principal responsável pelo fechamento de estabelecimentos formais e por uma crise no setor de alimentação fora do lar de Brasília.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antonio da Silva, recebe diariamente denúncias sobre as vendas irregulares no setor e diz que a maioria dos empresários já está cansada da concorrência desleal. “Será que vamos começar a ir para a rua também para conseguir vender? O grande embate é entre ambulante, MEI e empresário. Nós somos fiscalizados de forma muito intensa. Ali, não tem como saber onde está sendo feita aquela comida, com que qualidade, qual a segurança alimentar. E como eles não contribuem para o Estado, a concorrência é injusta”, desabafa.