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22/09/2022, 09:40

Das Redes Sociais para os Livros

por Felipe Lucchesi

Colunista: Felipe Lucchesi

Ao pesquisar sobre o Escritor Caciano Kuffel nas redes sociais, perceberá que os milhões de seguidores já não o impressionam mais, afinal, há algum tempo, Caciano realiza seus trabalhos na internet e emociona diversas pessoas.
A história do autor começa no sul do país, nasceu em Chapecó, mas mora desde a infância em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
Tem 31 anos, é formado em Publicidade e Propaganda e rendeu-se às artes e aos encantos do ilusionismo, atuando como mágico, desde os 17 anos.
Começou a fazer vídeos para a Internet falando sobre a cultura gaúcha de forma bem-humorada, mas, durante um antigo relacionamento, sentiu necessidade de expor para o mundo os textos românticos que escrevia para ela, o que resultou em um enorme sucesso.



“Descobri Que Não Faço Falta Quando Parei De Responder” é o mais novo livro do artista, que através de uma linguagem poética e textos curtos, é capaz de despertar sentimentos, reflexões e dialogar também sobre o autocuidado, tornando a leitura apreciável e facilmente de ser compreendida.
Sabe aquele tipo de livro que você encosta, começa a ler e quando percebe, já acabou de ler? Isso ocorreu comigo e certamente, ocorrerá com você também, ao ter acesso ao livro.


Entrevista

Foto: Divulgação


Felipe Lucchesi (Jornalista) –  Você se sente mais exposto através dos seus livros ou através do seus vídeos nas redes sociais?

Caciano Kuffel (Escritor) – Os livros eles tem mais espaço para ser profundo. A internet é tudo muito rápido e descartável todo vídeo passa pela timeline enquanto as pessoas são bombardeadas com outras informações ao mesmo tempo. No livro há espaço pra ser foco, concentração, e entrega.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Os textos do livro parecem pequenos recados que quando repetidos na mente viram mantras. Acredita que propagar o bem é um exercício diário? É como se fosse um músculo que precisa ser exercitado?

Caciano Kuffel (Escritor) – Acredito sim. São pequenos lembretes pra mente que existem coisas boas, e que o bem pode sempre ser feito.

Foto: Internet

Felipe Lucchesi (Jornalista) – O que este livro especificamente lhe ensinou?

Caciano Kuffel (Escritor) – Que não tem que problema estar sozinho, o problema é achar que tem alguém quando não podemos contar com ninguém.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Ter milhões de admiradores nas redes sociais lhe dá um conforto emocional ou há espaço para a solidão mesmo diante de tanto sucesso?

Caciano Kuffel (Escritor) – É como estar no meio de uma multidão, as pessoas estão ali mas ninguém te conhece de verdade. Ter milhões de seguidores e achar que a solidão vai passar é uma ilusão gigantesca.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Tem algum cuidado para não se deslumbrar com o sucesso na carreira?

Caciano Kuffel (Escritor) – Tem uma frase do Chico Anisio que eu trago comigo: “Quando me chamaram de gênio eu não acreditei, agora que gritam que eu sou idiota não acredito também”. Acho que devemos ter consciência de quem somos sem todas as coisas rasas do mundo. Ter amigos antigos por perto, ter pessoas que admiramos por perto, tudo isso ajuda.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Você acredita que se tornou o Escritor que gostaria de ter lido?

Caciano Kuffel (Escritor) – Ainda não, acho que posso vir a me tornar quando for mais velho e com mais de experiência, eu escrevo o que eu quero falar, mas acho que ainda me falta muito chão pra me encontrar.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – O que a Literatura é capaz de atingir que outros tipos de Arte não conseguem?

Caciano Kuffel (Escritor) – A literatura é a única arte que você aprecia exclusivamente sozinho. Só com sua imaginação e sua voz interna, você é o protagonista que cria as imagens de toda a história. Isso é mágico.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Você é referência para muitas pessoas. Quais profissionais são as suas referências?

Caciano Kuffel (Escritor) – Gosto muito de Mário Quintana, Bukowsky, da Tati Bernardi, e do Bráulio Bessa. Mas tenho lido muitos romances da Collen Hover. Amo também como o Gregório Duvivier escrevia antigamente.

Felipe Lucchesi (Jornalista) – Qual conselho daria para o Caciano, ainda criança, que não imaginava o que conquistaria num futuro próximo?

Caciano Kuffel (Escritor) – Não pare de brincar, e leve a sério suas brincadeiras

 

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