Alguns sintomas iniciais da dengue podem ser confundidos com sinais de outras viroses que não costumam evoluir para casos mais graves, como um resfriado. Por isso, é importante observar indicativos que devem ser levados em conta na hora de buscar atendimento. A recomendação é procurar um serviço médico ao apresentar febre e pelo menos outros dois sintomas entre dor no corpo, dor nas articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos.

 De acordo com dr. André Bon, infectologista do Hospital Brasília Águas Claras, marca pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, até 1% dos casos os pacientes podem evoluir com gravidade e óbito. “Pacientes que apresentam dor abdominal intensa, sonolência ou agitação, sangramento e alterações de nível de consciência precisam procurar atendimento médico com urgência”, explica.

 Os casos de dengue no Distrito Federal têm gerado preocupação pelo aumento expressivo nas últimas semanas. Somente no Hospital Brasília Unidade Águas Claras foram registrados mais de 900 exames positivos para dengue apenas neste ano, até o dia 21 de janeiro. De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF, neste ano, até o dia 13 de janeiro, foram notificados 7,6 mil casos de dengue – aumento de mais de 400% quando comparado ao mesmo período de 2023 (1,3 mil casos). 

Não existe tratamento específico para dengue, por isso, medidas de prevenção são a única forma de combater a doença. A vacina contra a dengue tem se mostrado uma importante aliada para evitar agravamentos e mortes. A Qdenga tem uma eficácia geral de 84,1% a partir de 30 dias do esquema de 2 doses, enquanto a eficácia contra as formas que requerem hospitalização é de mais de 90%. Outras medidas comportamentais, como evitar acúmulo de água parada e a utilização de repelentes, em concentrações de substâncias adequadas, também são eficazes na prevenção à dengue.