13/11/2022, 14:37
Depois de 2 anos, São Batuque retoma festival presencial
Nos dias 14, 16, 18, 19 e 20 de novembro, durante o mês da Consciência Negra, acontece um dos mais tradicionais encontros de cultura afro-brasileira no Distrito Federal, o Festival São Batuque 2022. Em sua 15ª edição, traz de volta a versão presencial do evento, reunindo o público candango com uma extensa programação para celebrar as matrizes africanas e populares.
Mulheres nos palcos
A cada ano, o festival apresenta surpresas em sua grade. Nesta edição, não será diferente. Entre as várias artistas, uma reunião feminina de peso ocupa os palcos do evento. “As expectativas são enormes. Tanto a Tamá, minha tia, referência na cidade como compositora, movimentadora cultural e parte da resistência, como a Emília Monteiro, outro referente da música popular brasileira, são inspirações para mim. Participar de um projeto tão importante, com um Boi só de mulheres, é uma honra”, revela a percussionista Larissa Umaytá, integrante da programação do festival.
Chamada para Agentes Culturais
Em paralelo ao festival presencial, a Rosa dos Ventos aproveita a oportunidade para realizar um importante chamado à comunidade de agentes culturais e a prestadores de serviço do mercado criativo do Distrito Federal. O instituto convoca, especialmente aquela faixa que tem afinidade com manifestações de matrizes afro-brasileiras, a inscrever-se e incluir seus portfólios no formulário disponível em sua página.
A proposta visa evidenciar uma rede de agentes, prestadores, artistas e grupos que contribuem para o cenário cultural do DF e do mundo. A ideia é que seus trabalhos e contatos sejam facilmente encontrados pela plataforma, propiciando suas contratações por qualquer entidade interessada.
Tradições na tela grande
Além dessa infinidade de atrações e serviços, haverá a exibição do documentário Terras Diversas. Com direção de Stéffanie Oliveira, presidente da Rosa dos Ventos, a produção audiovisual, em 39 minutos, documenta relatos de mestras e mestres de distintas manifestações populares brasilienses, a respeito de terra, tradição e cultura. Seu Estrelo, Bumba Maria Meu Boi, Boi de Seu Teodoro, Ilê Axé Oyá Bagan, Martinha do Coco, Gabi Guedes, Mestre Manoelzinho, entre outros, estão presentes na obra.
“Muitas candangas e candangos trouxeram em suas matulas a arte e a cultura de onde vieram para fundar essa Terra Diversa que é Brasília. Todos esses chãos do Brasil juntaram-se para formar as tradições populares daqui. Com isso, sagrado e profano, de mãos dadas, formaram territórios culturais nesse Cerrado maravilhoso. E, sem nunca parar de construir cidades dentro da cidade, seus mestres e mestras, seguem lutando para manter seu terreiro produtor de cultura. Isso é um pouco do que encontramos nesse documentário gestado e parido a muitas mãos, como Brasília”, explica Stéffanie