11/06/2020, 16:46
DF é a região do país que faz mais testes em massa
O aumento de casos confirmados de Covid-19 em junho era esperado pelo GDF e pode ser explicado pela testagem ampla que, aplicada na população desde 21 de abril, já contemplou mais de 245 mil brasilienses. Os testes permitiram um reconhecimento real da situação do Distrito Federal e servem de base para que o governo tome as decisões de enfrentamento ao avanço do novo coronavírus.
“Já era previsto termos um aumento da incidência de casos no mês de junho, e o nosso pico da doença deve ser no mês de julho”, salienta o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares. Segundo ele, os estudos epidemiológicos da Secretaria de Saúde (SES) e os dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) mostravam o atual cenário, em que os casos confirmados ultrapassam 19 mil. “A previsão foi feita considerando que faríamos a testagem em massa. O aumento de forma mais rápida de casos positivos tem relação direta com os testes feitos”, ressalta.
Atualmente, há dez pontos de drive-thru no DF nos quais são realizados os testes rápidos. Mais de 174 mil exames já foram feitos nesses postos. Além disso, a testagem itinerante em regiões vulneráveis já percorreu Estrutural, Riacho Fundo II, a área rural de São Sebastião, Paranoá e Itapoã. “A gente fez também a testagem em casas de acolhimento de idosos, de crianças e adolescentes e em moradores em situação de rua”, informa o secretário-adjunto.
Os resultados positivos entram na contagem de casos confirmados no DF, mesmo se forem referentes a pessoas assintomáticas. Dos 19.474 pacientes com Covid-19 confirmados no DF até as 12h desta quinta-feira (11), 5.652 (33,5%) foram diagnosticados por testes rápidos. Para se ter uma ideia do avanço da testagem da população, na primeira semana de drive-thru, 14.401 testes foram realizados e 130 deles deram positivo. O número de exames feitos na sexta semana, entre 25 e 29 de maio, subiu para 26.352, e 1.321 acusaram a doença.
Segundo Ricardo Tavares, nenhuma unidade da Federação fez tantos testes, e o número é maior que o de muitos países. Além da testagem rápida, a SES já aplicou mais de 25 mil exames do tipo RT-PCR (o swab nasal) em pacientes que, com sintomas da doença, buscaram uma Unidade Básica de Saúde (USB) ou hospital.